quinta-feira, 22 de maio de 2014

Por que/ Por quê/ Porque ou Porquê?
  Existem diversas formas de usar os porquês, que são quatro tipos.
Por que:
O por que tem dois empregos diferentes:
Quando for a junção da preposição por + pronome interrogativo que, possuirá o significado de “por qual razão” ou “por qual motivo”:
Exemplos: Por que você não vai ao cinema? (por qual razão)
Não sei por que não quero ir. (por qual motivo)
Quando for a junção da preposição por + pronome relativo que, possuirá o significado de “pelo qual” e poderá ter as flexões: pela qual, pelos quais, pelas quais.
Exemplo: Sei bem por que motivo permaneci neste lugar. (pelo qual)
Por quê:
Antes de uma pontuação, o quê recebe acento. E sempre que aparecer no final de uma frase:
Exemplo: Vocês não comeram tudo? Por quê?
Andar cinco quilômetros, por quê? Vamos de carro.
Porque:
Usamos porque quando a expressão for uma explicação ou causa (pois,uma vez que).
Exemplos: Não fui ao cinema porque tenho que estudar para a prova. (pois)
Não vá fazer intrigas porque prejudicará você mesmo. (uma vez que)
Porquê:
É substantivo e tem significado de “o motivo”, “ a razão”. Vem acompanhado de artigo, pronome, adjetivo ou numeral.
Exemplos: O porquê de não estar conversando é porque quero estar concentrada. (motivo)
Diga-me um porquê para não fazer o que devo. (uma razão)
Uso de “Há” e “A”
Usa-se “há” quando o verbo “haver” é impessoal, tem sentido de “existir” e é conjugado na terceira pessoa do singular.
Exemplo: Há um modo mais fácil de fazer essa massa de bolo.
Existe um modo mais fácil de fazer essa massa de bolo.

Ainda como impessoal, o verbo “haver” é utilizado em expressões que indicam tempo decorrido, assim como o verbo “fazer”.

Exemplos: Há muito tempo não como esse bolo.
Faz muito tempo que não como esse bolo.

Para identificarmos se utilizaremos o “a” ou “há” substituímos por “faz” nas expressões indicativas de tempo. Se a substituição não alterar o sentido real da frase, emprega-se “há”.

Exemplos: Há cinco anos não escutava uma música como essa.
Substituindo por faz: Faz cinco anos que não escutava uma música como essa.

Quando não for possível a conjugação do verbo “haver” nem no sentido de “existir”, nem de “tempo decorrido”, então, emprega-se “a”.

Exemplos: Daqui a pouco você poderá ir embora.
Estamos a dez minutos de onde você está.

Uso de “se não” e senão”
Senão:
Pode ser uma conjunção alternativa, podendo ser substituída por “caso contrário”.De conjunção adversativa, sendo possível trocá-la por “mas” e preposição, tendo o mesmo significado de “com exceção de” ou “exceto” e também substantivo masculino, significando “falha” ou “defeito”
Exemplos: Devemos trabalhar, senão o contrato será cancelado. (caso contrário)
Meu namorado é quase perfeito. Ele só tem um senão (defeito)
A quem, senão a ele, devo fazer referência durante a palestra? (exceto)                                 
Vencemos a partida de futebol não por sorte, senão por competência. (mas)
Se não:
Já o "se não" só deve ser usado quando o "se" é uma conjunção condicional (substituível por "caso") ou integrante (podendo ser trocada, com a oração que ela introduz, por "isso", "isto" ou "aquilo").
Exemplos: Se não chover, irei encontrar meus amigos. (caso não chova)
Perguntei se não iriam chegar atrasados. ( perguntei isso)


Uso de “onde” e aonde”
Onde:
Indica permanência, o lugar em que se está ou em que se passa algum fato. Complementa verbos que exprime estado ou permanência. (Lugar em que/ em que lugar)
Exemplos: Onde estás?
Não entendo onde ele estava com a cabeça quando falou isso.
De onde você está falando?
Não sei onde me apresentar nem a quem me dirigir.
Aonde:
É a combinação da preposição a + onde. Indica movimento para algum lugar. É usado com os ir, chegar, retornar. ( A que lugar).
Exemplos: Aonde você vai todo dia às 9 horas?
A mulher do século 21 sabe muito bem aonde quer chegar
Estava à deriva, sem saber para aonde ir.
Sabes aonde eles foram?
Uso de “mau” e “mal”
Essa é a expressão que muitas vezes causa confusão na hora de escrever. Mas as vezes existem certos “atalhos” que ajudam a nossa melhor compreensão:
Mau:
Quando usar Mau? No momento em que houver possibilidade de substituirmos pela palavra Bom, que é o seu antônimo.
Adjetivo: Varia em gênero e número - Não eram maus alunos, somente tinham dificuldade em assimilar.
Palavra substantivada: Os bons vencerão os maus.
Exemplos:  Sua tristeza é um mau sinal. (bom)
O mercado de trabalho está repleto de maus funcionários. (bons)
Ela está sempre de mau humor. (bom)

Mal:
E quando usar Mal? Somente quando puder ser substituído por Bem.                             Mal pode aparecer como:
Advérbio: Neste caso ele é invariável - A garota foi mal recebida.
Substantivo: Varia em número - Há males que vêm para o bem.
Exemplos: Hoje estou passando muito mal. (bem)
Seu convite será mal aceito por todos. (bem)
Uso de “sessão”, “cessão” e “seção”.
Sessão:
Escrita desse modo significa espaço de tempo de uma reunião, de um espetáculo de cinema, teatro, etc.
Exemplos: A sessão demorou muito a começar,mas o filme valeu a pena.
A sessão terá como objetivo aprovar ou não a nova lei do estudante.
A sessão com o psicólogo durou um pouco mais do que o planejado.
Cessão:
Escrita desse modo tem um único significado: ceder, ou seja, transferir algo, dar posse de algo a outro.
Exemplos: A cessão de suas terras foi aceita.
Autorizei a cessão dos materiais deste departamento à instituição carente que os solicitou.
Seção:
Desse modo quer dizer o mesmo que secção,ou seja, do ato ou efeito de repartir.significa divisão de repartições públicas, parte de um todo,departamento.
Exemplos: Saiba tudo sobre as novas regras ortográficas! É só clicar na seção "Acordo Ortográfico" do Portal Escola.
Cada seção deste projeto vai ter que ser analisada.
Uso de “mas” e “mais”
Mas:
A palavra “mas” atua como uma conjunção coordenada adversativa, devendo ser utilizada em situações  que indicam oposição, sentido contrário.
Exemplo: Esforcei-me bastante, mas não obtive o resultado necessário.
Mais:
Já a palavra “mais” se classifica como pronome indefinido ou advérbio de intensidade, opondo-se, geralmente, a “menos”.
Exemplo: Ele escolheu a camiseta mais cara da loja.
Uso de “a par” e “ao par”
A par:
Indica está voltado para o sentido de estar bem informado, ciente.
Exemplo: Ele estava a par de todos os acontecimentos.
Ao par:
Uma expressão que indica igualdade, equivalência ente valores financeiros.
Exemplo: Algumas moedas estrangeiras estão ao par.
Uso de “ao encontro de” e “de encontro a”
Ao encontro de:
Significa aproximar-se de algo, ser favorável.
Exemplo: Suas ideias vão ao encontro das minhas. (são favoráveis)
De encontro a:
Significa oposição a algo, choque, colisão.
Exemplo: O carro foi de encontro ao poste.
Uso de “na medida em que” e “ à medida que”
À medida que:
À medida que é uma locução conjuntiva proporcional, logo, expressa ideia de proporção. Esta aí a explicação do por que essa expressão pode ser substituída por “à proporção que”. Uma oração que contenha “à medida que” é subordinada à principal e mantém uma comparação com a mesma de igualdade, de aumento ou diminuição.
Exemplos: À medida que nós subirmos, ficaremos mais cansados, porque o ar é rarefeito.
Ele foi se acalmando à medida que as boas notícias chegavam.

Na medida em que:
Na medida em que é uma locução conjuntiva causal, logo, haverá noções de causa/consequência ou efeito nas orações que tiverem tal expressão. Pode ser substituída pelas equivalentes “uma vez que”, “porque”, “visto que”, “já que” e “tendo em vista que”.

Exemplos: Nós precisamos ler mais na medida em que crescemos, pois temos maior entendimento ao passar dos anos. (visto que)
A pesquisa dever ser feita antes de dezembro na medida em que vamos estar de férias nesse período. (porque)

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