quinta-feira, 22 de maio de 2014

Intertextualidade nos estilos literários

A intertextualidade abrange muitos campos. È utilizada em muitos tipos de texto sejam informativos, literários, cartas, poemas e muitos outros métodos de transmitir a linguagem. Na literatura, há tipos de intertextualidade referente a cada época em que foi criada. A seguir encontram-se os tipos de intertextualidade literária.
Quinhentismo
Trata das primeiras obras produzidas em terras Tupiniquins, pois ocorreu com a chegada dos portugueses ao Brasil. Pedro Álvares Cabral saiu de Portugal à procura de novas terras, levando consigo um escrivão, Pero Vaz de Caminha, que iria escrever alguns relatórios para informar Portugal da atual situação sobre os nativos, a terra e outros elementos contidos no novo local. A partir de então, deu-se início a literatura de informação. Outro escritor do movimento foi o Padre José de Anchieta que escreveu vários sermões, poesias, peças teatrais, tudo de cunho bíblico. O padre começou a estudar o tupi-guarani, e teve como resultado a confecção da primeira gramática da América Portuguesa, a gramática da língua geral.
Trovadorismo
Os trovadores eram nobres homens que escreviam músicas acompanhadas de instrumentos. As poesias e cantigas escritas por eles tinham bases nos valores teocentristas já que a igreja tinha grande poder. As poesias trovadorescas eram divididas em gêneros, como: Gênero Lírico, que eram as Cantiga de Amor, onde o homem sofria um amor platônico e Cantigas de Amigos, no qual eram escritas à mulheres que estavam aprendendo as emoções criadas pelo amor e a tristeza de mulheres quando o amado havia de ir para a guerra; Gênero Satírico, que era a Cantiga de Maldizer onde continham sátiras diretas, linguajar rude e palavras de baixo calão e a Cantiga de Escárnio, que há linguagens indiretas, palavras de duplo sentido e continha uma mistura de ironia e sutiliza.
Barroco
O Barroco é um período literário marcado pela contradição e pelos contrastes, prazeres da carne e buscar a salvação divina. As características mais marcantes do barroco são: linguagem rebuscada; antítese (tristeza e alegria/claro e escuro); pessimismo; literatura moralista; uso de hipérboles; uso de jogo de palavras.
Os principais autores desse período são o Padre Antônio Vieira, autor conhecido no movimento pelas suas cartas e sermões, tendo como texto famoso o Sermão da Sexagésima, e Gregório de Matos que é reconhecido por suas poesias eróticas, satíricas e líricas. 
Arcadismo
O Arcadismo tem como característica a adoração à natureza, defendem valores que fogem dos hábitos cotidianos, ressaltam o prazer pela vida no campo, na vida simples e pacata, fazendo crítica à vida do meio urbano, a linguagem é objetiva e trata, muitas vezes,  do romance com a mulher amada. O Arcadismo brasileiro apresentava aspectos de valorização da história do Brasil colônia, o nacionalismo, a luta pela independência e a tropicalidade. 
Romantismo
A manifestação foi de cunho artístico, literário, político e social, atingindo várias esferas da sociedade, diferentes pontos de vista em que os valores eram baseados no racionalismo e, ao contrário do pensamento objetivo e do raciocínio lógico, queria a subjetividade e as emoções em geral. Existiram, três gerações românticas: A primeira, usava a subjetividade, busca por coisas fora do comum, os sonhos, as emoções e as mulheres eram muito desejadas, mas seus admiradores nunca as conseguiam; A segunda geração o pessimismo era uma das principais ideias, assim como o gosto pela morte e ainda que nessa geração a mulher pudesse ser conquistada, os conquistadores não possuíam alegria; E por fim, a terceira geração se aproxima do Realismo, onde a mulher amada é alcançada e é divulgado as atitudes consideradas erradas na sociedade. Três marcos brasileiros são:  Álvares de Azevedo, Machado de Assis e Castro Alves.

Parnasianismo
Movida por ideias subjetivas, individualismo e o misticismo,  estreita as ideias com Romantismo, visando algo a mais do que o simples egocentrismo, usam temas que não tratam da realidade física, mas do misticismo, mexem com as sensações do ser humano, seja na música, na arte ou na literatura. O movimento prezava pelo detalhe, a riqueza de palavras e objetividade. As poesias parnasianas costumam ser bem formais, juntamente com uma linguagem bem diversificada. As características principais são: A poesia por si já basta; a poesia apresentava uma metrificação muito rigorosa; a sonorização das palavras; pertencem pelo soneto; os fatos, personagens, lugares, entre outros são descritos sem a interferência do autor, narrador ou poeta; o descrição; o poeta detém-se ao detalhe. Os escritores brasileiros do Parnasianismo não foram uma cópia fiel ao modelo que nasceu na França, pois os escritores daqui não abandonaram parte do subjetivismo encontrado nas gerações românticas. Os autores parnasianos brasileiros são: Olavo Bilac, Raimundo Correia e Alberto de Oliveira, que dotaram o pessimismo, e o sensualismo.

Realismo
O movimento veio após o Romantismo. Nessa época, aconteceram muitas mudanças, principalmente nos pensamentos filosóficos. Várias tendências como: o positivismo, determinismo, darwinismo, socialismo e outros, se formavam. Essas filosofias serviram de grande influência para o movimento, que visava à observação da realidade, por meio da razão e da ciência. Eram fundamentadas no pensamento concreto, lógico e científico. A poesia do Realismo foca as criticas sociais, em descrever a realidade como realmente é.A descrição é uma característica marcante e a mulher é vista a apenas um objeto de prazer e dos homens.

Naturalismo
No Naturalismo, era comum tratar de sexo abertamente. O escritor brasileiro Aluísio de Azevedo representa o naturalismo no país, com suas obras publicadas, como: 'O mulato' e 'O cortiço'. O grande idealizador do movimento naturalista foi o francês Émile Zola, com seu livro 'O romance experimental'.
Pré-Modernismo e Modernismo
Pré-modernismo 
O pré-modernismo não é considerado um movimento literário e sim uma etapa de transição entre dois períodos. Muitos autores foram considerados pré-modernistas, pois antecederam esse período e não sofreram influencias de outros movimentos.
Os principais autores e obras do pré-modernismo são: Euclides da Cunha (Os Sertões); Monteiro Lobato (Reinações de Narizinho); Lima Barreto (Triste Fim de Policarpo Quaresma); Graça Aranha (Canaã).

Modernismo 
No Brasil teve início a partir da Semana de Arte Moderna, que ocorreu em São Paulo em 1922. No modernismo há três fazes: Primeira Fase do Modernismo há a preocupação estética com a escrita e os textos são produzidos fora do caráter tradicional. As características desse período são: a pouca utilização de formas rígidas de escrita, textos no passado e a criação de grupos relacionados ao movimento; A Segunda Fase do Modernismo faz predomínio da prosa de ficção, utiliza textos regionalistas, narrativa surrealista, romance urbano e psicológico. A fase tem como autores na prosa: Graciliano Ramos; Rachel de Queiros; Érico Veríssimo; José Lins do Rego; Jorge Amado. E na poesia: Carlos Drummond de Andrade; Vinícius de Moraes; Cecília de Moraes; Porém, na Terceira Fase a influencia da Ditadura Militar e pela Guerra Fria, criam nesse período características intimistas e psicológicas. Essa fase contém uma divisão: A Prosa Urbana que mostra o predomínio de conflitos do indivíduo com seu meio social, tendo como principais autores Ruben Braga e Lygia Fagundes Telles; A Prosa Intimista, caracterizada pelo caráter psicológico, contendo Clarice Lispector e Antônio Olavo Pereira como principais autores;  E por fim a Prosa Regionalista que é marcado pelas obras de Guimarães Rosa, autor de Grande Sertão, Veredas e Sagarana.



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