Períodos
O período nada mais é do que uma frase que pode ser
formada por uma ou mais orações formando apenas um sentido. O sentido da frase
permanece completo e facilmente compreendido nos períodos que podem ser simples
ou compostos.
Período
simples
O período simples é o mais comum e pode ser
encontrado em qualquer revista, livro ou jornal, pois, como o próprio nome já
diz, ele é simples: composto apenas por uma oração e formado pelo sentido de
apenas uma ação verbal. As frases em período simples também são chamadas
de orações absolutas.
Ex:
Choveu muito esta tarde.
Não sei o que fazer com
tantas laranjas.
Período
composto
Uma frase que pertence ao período composto é
formada sempre por duas ou mais orações. Você pode fazer uma frase com 20
orações, mas para que ela pertença ao período composto é preciso que o sentido
delas se encaixe e que ela seja compreensível.
Existem dois tipos de período composto:
Período composto por subordinação:
Nesse período as frases são formadas por uma oração
principal e demais orações que completam o sentido da primeira e a enriquecem.
As orações subordinadas podem exercer várias funções na frase, de adjunto
adverbial a complemento nominal.
Ex:
Você sabia que eu amava
muito meu cachorro.
Quando você pedir
desculpas, te perdoarei.
Período composto por coordenação:
O próprio nome já entrega: esse tipo de período é
formado por duas ou mais orações coordenadas. Nenhuma oração possui dependência
das outras, mas o sentido delas se encaixa, é claro.
Ex:
Ele desmentiu tudo, mas demonstrou
que estava fingindo.
Pegue a carro e leve as
crianças!
Subentendido
O que é Subentendido:
Subentendido é
um adjetivo que significa algo que étácito,
que se entende, apesar de não
estar expresso ou
enunciado. Algo que está na mente, mas não foi expresso
de forma explícita.
Subentender é conhecer, prever, ou
entender através do auxílio da inteligência aquilo que não está expresso ou
esclarecido. É supor, admitir ou entender
mentalmente através de uma interpretação. Uma coisa subentendida é implicitamente
compreendida.
Pressuposto
e subentendido
Um enunciado pode conter informações
pressupostas e subentendidas. As informações pressupostas são claras,
indiscutíveis, e o leitor / ouvinte não tem que inferir ou deduzir qual a
informação que o autor pretende passar. Por outro lado, as informações subentendidas
vão depender do contexto ou capacidade de interpretação do leitor ou ouvinte.
Uma pessoa não ouve ou lê exatamente
aquilo que foi dito ou escrito pelo autor ou interlocutor, porque cada pessoa
complementa as informações com as suas próprias interpretações (que variam de
acordo com o seu contexto).
Exemplo; pressuposto
Quando se diz, por exemplo:
“Frequentei as aulas de pintura, mas
aprendi algumas coisas.”
O falante transmite duas informações
de maneira explícita:
a) que ele frequentou as aulas de
pintura;
b) que ele aprendeu algumas coisas. Ao
ligar essas duas informações com um mas comunica também, de modo implícito, sua
crítica às aulas de pintura, pois passa a transmitir a ideia de que pouco se
aprende nessas aulas
Subentendido:
Vejamos agora um exemplo;
1) Num diálogo entre A e B:
A: Estou procurando alguém para
consertar meu carro.
B: Meu irmão está em casa.
A: Mas ele está sempre tão ocupado!
Nesse pequeno discurso existem muitas
informações implícitas, ou seja, subentendidas, quais sejam:
“A” sabe que ali naquele local mora
alguém que conserta carro.
É o irmão de “B” que conserta carro.
“A” fica surpreso ao encontrar o irmão
de “B” em casa, já que ele encontra-se sempre muito atarefado.
Inferência;
Sabemos
que argumentos são raciocínios lógicos, que podem ser corretos ou incorretos.
Todo raciocínio dedutivo envolve pelo menos uma premissa e uma conclusão.
Há
argumentos formados por apenas uma premissa e uma conclusão. São as
inferências. Inferência é um processo pelo qual, através de determinados
dados, chega-se a alguma conclusão. Outros sinônimos de inferência são conclusão,
implicação, ilação e consequência.
Certas
inferências são imediatas, são diretas. Inferência imediata é aquela na qual a conclusão surge
como consequência necessária da premissa. Por exemplo, vamos considerar o
seguinte enunciado:
Todo mamífero é vertebrado.
Vamos admitir, então, que este
enunciado seja verdadeiro (e é claro!). Portanto, concluímos imediatamente que
o enunciado abaixo é falso.
Alguns mamíferos não são vertebrados.
No caso dos mamíferos, não seria
preciso estudar lógica para chegar a esta conclusão. Mas imagine uma situação
em que não dominamos o conteúdo da proposição. Por exemplo, se a proposição
abaixo é verdadeira:
Todo S é P.
Então a proposição abaixo é falsa:
Alguns S não são P.
Isto acontece porque sempre que uma
proposição do tipo A é verdadeira, uma proposição do tipo O é falsa. Fizemos
uma inferência válida. Nosso raciocínio está correto.
Em outras palavras: se admitimos que a
primeira proposição é verdadeira, temos certeza de que a segunda é falsa.
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