domingo, 8 de junho de 2014


4. DESENVOLVIMENTO DE TEORIAS DO TEXTO - PROFESSORA ELIANE MERGULHÃO

Os níveis de estrutura do texto: Processamento Textual/Organização
Estrutural - Coesão e Coerência - Análises e reflexões;
Superestrutural (tipologias);
Macroestrutural (Níveis semântico, pragmático e cognitivo);
Microestrutural (Superfície linguística);
Aprofundamento dos fatores de Coesão e de Coerência.

4.1. PROCESSAMENTO TEXTUAL

Deve ser compreendido através de sistemas de conhecimento acionados no
texto e no contexto de produção (Koch, op. cit.).
Considerando o texto como um processo, HEINEMANN e VIEHWEGER
definem três grandes sistemas de conhecimento, responsáveis pelo
processamento textual:

Conhecimento Linguístico ou de Língua: Compreende ao
conhecimento do léxico e da gramática, responsável pela escolha dos
termos e pela organização do material linguístico na superfície textual,
inclusive dos elementos coesivos.

Conhecimento enciclopédico ou de mundo: Corresponde às
informações armazenadas na memória de cada sujeito. O conhecimento
de mundo abrange o conhecimento manifestado por enunciações acerca
dos fatos do mundo. E o conhecimento episódico e intuitivo, adquirido
por via da experiência, e acontecimentos vividos por cada indivíduo.

Conhecimento Interacional: Compreende a dimensão interpessoal
da linguagem, ou seja, com a realização de certas ações. O meio da
linguagem divide-se em:

Conhecimento Ilocucional – Reconhece os objetivos pretendidos
pelo produtor do texto.

Conhecimento Comunicacional – Quantidade de informação
necessária para que seja capaz de reconstruir o objetivo da
produção de texto.

Conhecimento Metacomunicacional – É aquele que permite
assegurar a compreensão do texto.
Conhecimento Superestrutural – Permite a identificação de textos
com exemplares adequados aos diversos tipos de textos.

4.2. ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL
Alguns autores como Dijk (2000), Koch (1997), Fávero (1995), Kleiman (2004), orientam uma organização textual a partir de três níveis estruturais, inter-relacionáveis entre si:
Superestrutural De nível global. Relações esquemático-cognitivas.
Exemplo – Modelos globais (Frames, Esquemas, Planos e Scripts)
Microestrutural – De nível de superfície linguística. Relações de coesão textual.
Exemplo – Coesão: É o conjunto de recursos linguísticos responsáveis pelas
ligações que se estabelecem entre os termos de uma frase, entre as orações
de um período ou de parágrafos de um texto.
É uma ligação necessária para que as partes componham harmonicamente
o todo, deixando o texto mais agradável à leitura. Os tipos mais comuns de
coesão:
Coesão Referencial
Diz respeito aos elementos que têm a função de estabelecer referência.
Não são interpretados pelo seu sentido próprio, mas refere-se a alguma outra coisa, relacionando o signo a um objeto. A coesão referencial é obtida por meio da substituição e reiteração de termos.
Coesão Recorrencial
Dá-se quando, apesar de retomadas estruturais, a informação progride, o discurso segue a diante. A coesão recorrencial é obtida por meio da ecorrência de termo, paralelismo, paráfrase e recursos fonológicos.
Coesão Sequencial
Tem por função, assim como a recorrencial, fazer o texto progredir, encaminhar o fluxo informacional, porém não pela retomada de itens ou estruturas, mas pela sequenciação das sentenças através de mecanismos temporais e conectivos.
Macroestrutural – De nível semântico. Relações de Coerência textual.
Exemplo – Coerência: É a unidade do texto. Um texto coerente é um conjunto
harmonioso, onde todas as partes se encaixam perfeitamente, de modo que
não haja nada contraditório, nem ilógico. Mas um texto coerente não é só um
texto harmonioso, existem outras formas de identificar coerência em redações.
E são elas:
Coerência Narrativa
É a que ocorre quando se respeitam as implicações lógicas existentes entre as partes da narrativa.
Coerência Argumentativa
É a que diz respeito às relações de implicação ou de adequação que se estabelecem entre certos pressupostos ou afirmações explícitas colocadas no texto e as conclusões que se tira deles, as consequências que se fazem deles decorrer.
Coerência Figurativa
Diz respeito às figuras de linguagem para manifestar um dado tema ou à compatibilidade de figuras entre si.
Coerência Temporal
É aquela que respeita as leis da sucessividade dos eventos, ou apresenta uma compatibilidade entre os enunciados do texto, do ponto de vista da localização no tempo.
Coerência espacial
Diz respeito à compatibilidade entre os enunciados do ponto de vista da localização espacial.
Coerência no nível de linguagem
Do ponto de vista da variante linguística escolhida, no nível do léxico e das estruturas sintéticas utilizadas no texto.

Critérios de Textualidade segundo Koch (1997); Fávero (1995) e Bentes (2003), dentre os quais, os mais importantes são:

Conhecimento de mundo e conhecimento partilhado – Conhecimento
de mundo é toda a memória de vida (social; histórica e individual), armazenada mentalmente. E o conhecimento partilhado é a intersecção de conhecimentos comuns compartilhados por produtor e receptor na interação comunicativa;
Intertextualidade – É um fator importante para o processamento cognitivo do texto, na medida em que recorre ao conhecimento de outros textos e, ao conhecimento enciclopédico ou de mundo. Todo texto traz em si, em níveis variáveis, um grau de intertextualidade, seja ela explícita (quando há indicação da fonte) ou implícita (quando não há indicação da fonte);
Intencionalidade – Esse critério tem uma forte relação com a argumentatividade e refere-se à forma como os sujeitos usam textos a fim de perseguir e realizar suas intenções, de modo que seus textos produzam - se adequados à obtenção dos efeitos desejados.
E segundo a nossa Professora Doutora Eliane, “Não existe texto ingênuo, sempre há uma intencionalidade...”.

4.3. RELEVÂNCIA DAS DIFERENÇAS ENTRE TEXTO ESCRITO E ORAL NO USO E NA CONSTRUÇÃO – analises e reflexões.

Textos orais e textos escritos têm semelhanças devido a sua mesma origem processual, mas apresentam entre si diferenças formais e funcionais. Formais, pois os textos orais são passíveis de mudanças instantâneas no decorrer da sua comunicação, já os escritos são imutáveis e tem seu alcance prolongado. Textos orais são mais fluídos, naturais, enquanto textos escritos dependem de um prévio conhecimento do interlocutor e só alcançam essa fluidez depois que
sua prática se torna automática. A oralidade dá vazão a características dialéticas sejam geográficas, socioculturais ou contextuais, que passam despercebidas nos textos escritos e sua estrutura normativa. Enquanto o texto oral em sua elaboração conta com recursos paralinguísticos, prosódicos e linguísticos que ajudam na compreensão da mensagem, os textos escritos analisam o nível léxico, selecionam os melhores termos e combinam os sons. Quanto a diferenças funcionais, os textos orais existem desde o surgimento do homem e independe de instrução para ser compreendido, já a escrita é recente e dentro de sociedades como a brasileira que muitos não tem acesso a educação, a oralidade ainda prevalece. Contudo ambos os textos são importantes, cada um ao seu modo contribui para perpetuar conhecimentos, seja de cultura popular como faz a tradição oral ou no estudo tecnológico e científico que tem sua difusão impossível sem a escrita.

4.4. APLICAÇÃO NA ESCOLA
A Língua escrita é bastante difundida na escola, pois o que é passado aos alunos em sala é a importância da “decoreba”. Em todas as disciplinas das escolas públicas e particulares é comum encontrar professores passando matérias no quadro para o aluno ler, entender e decorar para a prova no final do bimestre ou semestre. Raramente é oferecida a oportunidade ao aluno de mostrar o que sabe aos colegas e ao professor, e talvez até expressar o que sente e o que pensa sobre determinado assunto, opinar em algumas situações. Infelizmente não é dado esse espaço, essa liberdade para o aluno se expressar e dizer se está satisfeito com o ensino, com os professores, com a escola, com a estrutura escolar, afinal a escola deve ser a principal interessada no bem estar do aluno, pois é com cada um deles que ela ainda continua sendo a maior instituição motivadora e de grande influência para o futuro desses jovens. A Língua falada também deve ser praticada na escola e ensinada de maneira que os alunos se sintam livres e se interessem em estudar e comece assim a crescer mentalmente.

4.5. CONTRIBUIÇÕES DA ANÁLISE DA CONVERSAÇÃO PARA O ESTUDO E ANÁLISE DAS RELAÇÕES ENTRE FALA E ESCRITA.
Tópico discursivo; transcrição de dados orais; recursos não verbais; passagem/assalto/manutenção de turno; marcadores conversacionais.
Esta área tem um caráter interdisciplinar, na medida em que divide alguns pressupostos teóricos com outras áreas. Ela busca estabelecer relações com a exterioridade da linguagem, problematizando a pragmática, a análise do discurso, a semiótica discursiva e a própria Linguística textual, esta área também mobiliza saberes de outras ciências como a filosofia da linguagem, a antropologia, a história, a sociologia, a psicanalise e as ciências cognitivas.
Foi na década de 1980 que foi lançado no Brasil, o primeiro livro nessa área com o título “Análise da conversação”, de Luiz Antônio Marcuschi (1986/2007b). Para este autor a conversação é o exercício prático das potencialidades cognitivas do ser humano em suas relações
interpessoais, tornando-se assim um dos melhores testes para a organização e funcionamento da cognição na complexa atividade da comunicação humana.
Para a Etnometodologia, os analistas têm de ser perceptivos aos fenômenos interacionais, centrando-se nos detalhes estruturais do processo interativo.
A AC deve preocupar-se, sobretudo com a especificação dos conhecimentos linguísticos, paralinguísticos e socioculturais partilhados para que a interação seja bem sucedida. Marcuschi aponta que uma vez definida as características da conversação, pode-se partir para o sistema básico de sua operação e diz que um dado é certo: toda a conversação é sempre situada em alguma circunstância ou contexto em que os participantes estão engajados. O autor diz que a tomada de turno é uma operação básica da conversação, onde o turno passa a ser um dos componentes centrais do modelo. Com isso, o turno pode ser tido como aquilo que um falante faz ou diz enquanto tem a palavra, incluindo aí a possibilidade do silêncio.

Os marcadores do texto conversacional são específicos e com funções tanto conversacionais como sintáticos. Aponta classes de marcadores, tipos, funções e posições. O autor explica cada um desses pontos trazendo análises juntamente com exemplos e mostra que a abordagem não é completa e talvez sequer seja representativa. Serve de indicação para estudos futuros uma vez que os elementos são cruciais para se ter uma melhor visão do que é específico de fala e dão medida de naturalidade.

4.6. A IMPORTANCIA DO APRENDIZADO DAS TEORIAS DE LEITURA
Concepções do ensino de leitura

Ana, Mainá e Rodrigo.

3. DESENVOLVIMENTO DE GRAMÁTICA APLICADA NA LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR SIQUEIRA

3.1. FORMAÇÃO DE PALAVRAS

Afixos
São elementos mórficos que se agregam ao radical a fim de formar novas palavras e classificam-se em prefixos e sufixos.
Prefixo: Prefixo+radical
Sufixos: Sufixo+radical
Derivação:Atendo-nos ao sentido literal do título em questão, constatamos que se trata da formação de algo a partir de uma base já existente. Dessa forma, a derivação manifesta-se das seguintes maneiras:
Derivação prefixal (ou prefixação): Tal modalidade é resultante do acréscimo de prefixo à palavra primitiva, cujo resultado implica na alteração de sentido.
Exemplo: leal - desleal
Derivação sufixal (ou sufixação): Resulta no acréscimo de um sufixo a uma palavra primitiva.
Exemplo: terra+ço
Derivação prefixal e sufixal: Consiste na formação de uma nova palavra a partir do acréscimo simultâneo de um prefixo e de um sufixo ao radical.
Exemplo: des+igual+dade
Parassíntese: Ocorre quando se acrescenta ao mesmo tempo, um prefixo e um sufixo à palavra primitiva. É a simultaneidade da afixação que constitui a parassíntese.
Exemplo: Em+pobre+cer
Redução: A palavra nova é obtida por redução da palavra primitiva. Ocorre, sobretudo, na formação de substantivos derivados de verbos.
Exemplo: Cinema – Cine
Onomatopéia: Significa imitar um som com um fonema ou palavra.
Exemplo: Pingue Pongue
Siglonimização: Formação de siglas, utilizando as letras iniciais de uma seqüência de palavras.
Exemplo: FGTS
Derivação imprópria: Ocorre quando uma palavra, sem sofrer nenhum acréscimo, muda de classe gramatical, tendo em vista o contexto em que se encontra inserida.
Exemplo: O jantar está servido.
Aqui a palavra em destaque se classifica como substantivo.
Todos estão se preparando para jantar.
Já neste contexto, ela se classifica como verbo.
Regressiva: Ocorre quando uma palavra perde o fonema
Exemplo: Luta(r)
Empréstimos: Quando se utiliza de palavras não pertencentes a língua portuguesa.
Exemplo: Quero passar um “weekend” com você.
Composição: Haverá composição quando se juntarem dois ou mais radicais para formar nova palavra. Há dois tipos de composição; justaposição e aglutinação.
Justaposição:Ocorre quando os elementos que formam o composto são postos lado a lado, ou seja, justapostos.
Exemplo: Girassol
Aglutinação: Ocorre quando os elementos que formam o composto se aglutinam e pelo menos um deles perde sua integridade sonora:
Exemplo: Boquiaberto
Palavras hibridas: É a palavra formada com elementos oriundos de línguas diferentes.
Exemplo: automóvel(auto:grego;móvel:latim)

3.2. FONÉTICA, MORFOLOGIA E SINTAXE

Fonética: A fonética estuda os sons como entidades físico-articulatórias isoladas (aparelho fonador). Cabe a ela descrever os sons da linguagem e analisar suas particularidades acústicas e perceptivas.
Morfologia: A Morfologia é o estudo da palavra e sua função na nossa língua. Na língua portuguesa as palavras podem ser classificadas como: substantivo, artigo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição, conjunção e interjeição.
Sintaxe: A Sintaxe é a parte da língua que estuda as relações dos componentes que integram uma oração.
Tipologias dos sujeitos: Simples (um núcleo ), composto ((dois ou mais núcleos ) oculto, liptico ou desinencial, indeterminado, inexistente
Período composto: O Período Composto se caracteriza por possuir mais de uma oração em sua composição.

3.3. ORAÇÕES COORDENDAS ASSINDÉTICAS
São orações coordenadas entre si e que não são ligadas através de nenhum conectivo.
Estão apenas justapostas.

3.4. ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS
Ao contrário da anterior, são orações coordenadas entre si, mas que são ligadas através de uma conjunção coordenativa. As orações coordenadas sindéticas são classificadas em cinco tipos: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas.

3.5. ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS
São orações que exercem a mesma função que um substantivo, na estrutura sintática da frase. Podemos ter oração subordinada substantiva de 6 tipos: Subjetiva, predicativa, objetiva direta, objetiva indireta, completiva nominal, apositiva.

3.6. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS
Orações adjetivas são aquelas orações que exercem a função de um adjetivo dentro da estrutura da oração principal. Há dois tipos de orações adjetivas: as restritivas e as explicativas.


3.7. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS
Existem nove tipos de orações subordinadas adverbiais. Esse tipo de oração age na frase como um advérbio, modificando o sentido de outras orações e ocupando a função de um adjunto adverbial. As orações adverbiais são sempre iniciadas por uma conjunção subordinativa. São elas: Causal, comparativa, concessiva, condicional, conformativa, consecutiva, final, proporcional, temporal.

Ana, Mainá e Rodrigo.

2. DESENVOLVIMENTO DE GÊNEROS TEXTUAIS – PROFESSORA GORETE

O conteúdo programático dessa matéria consistiu em:
  • Noção de gêneros e tipos textuais.
  • Caracterização, análise dos principais gêneros textuais em uso na atualidade.
  • Leitura, análise e interpretação de diferentes tipos e gêneros textuais, reconhecendo suas especificidades e estratégias de uso.

2.1. NOÇÃO DE GÊNEROS E TIPOS TEXTUAIS

Os gêneros textuais foram criados pelo ser humano a fim de atender a determinadas necessidades de interação verbal. De acordo com o momento histórico, pode nascer um gênero novo, podem desaparecer gêneros de pouco uso ou, ainda, um gênero pode sofrer mudanças até transformar-se num novo gênero.
Encontramos 5 tipos de texto: narrativos,argumentativos,expositivos, descritivos e injuntivos
Segundo Marcuschi os gêneros textuais são fenômenos históricos, profundamente vinculados à vida cultural e social.
As tipologias textuais funcionam como um recurso auxiliar na preparação e organização de qualquer modalidade de texto.

  • Os textos narrativos são os que relatam fatos ocorridos em determinado tempo e lugar, com personagens.
  • Os argumentativos são os textos em que expõe seu ponto de vista, contra ou a favor, usando argumentos.
  • Os expositivos são textos em que é interpretadas idéias ou apresentados argumentos sobre um determinado tema ou assunto.
  • Os descritivos são apontadas características ou elementos constitutivos de pessoas, animais, plantas, objetos, paisagens, entre outros.
  • E os injuntivos são textos em que incita alguma ação, como: ordens, projeções, instruções, etc.

Exemplos:

Ela saltou em meio da roda, com os braços na cintura, rebolando as ilhargas e bamboleando a cabeça, ora para a esquerda, ora para a direita [...] Depois, como se voltasse à vida, soltava um gemido prolongado, estalando os dedos no ar e vergando as pernas, descendo, subindo, sem nunca parar com os quadris, em seguida sapateava, miúdo e cerrado freneticamente” [...] 
Aluísio Azevedo. O cortiço

Podemos perceber que se trata de um texto narrativo, em virtude da presença de elementos característicos.

2.2. CARACTERIZAÇÃO, ANÁLISE DOS PRINCIPAIS GÊNEROS TEXTUAIS EM USO NA ATUALIDADE

Na atualidade nos deparamos com uma infinidade de textos, orais e escritos.
Marcuschi explica uma diferença entre tipos textuais e gêneros textuais, segundo ele, usamos a expressão gênero textual como uma noção propositalmente vaga para referir os textos materializados que entramos em nossa vida diária e que apresentam características sócio-comunicativas definidas por conteúdos, propriedades funcionais, estilo e composição característica. Se os tipos textuais são apenas meia dúzia, os gêneros são inúmeros.
Os principais tipos de gêneros textuais são: anúncios, convites, atas, avisos, programas de auditórios, bulas, cartas, comédias, contos de fadas, convênios, crônicas, editoriais, ementas, ensaios, entrevistas, circulares, contratos, decretos, discursos políticos, histórias, instruções de uso, letras de música, leis, mensagens, notícias, charge, tirinhas. 

Alguns exemplos:

Romance: é um texto completo, com tempo, espaço e personagens bem definidos.  
Fábula:
é um texto onde as personagens principais são animais ou objetos, e a finalidade é transmitir alguma lição de moral. 

Segundo Marcuschi, gêneros virtuais é o nome dado às novas modalidades de gêneros textuais surgidas com o advento da Internet, dentro do hipertexto. Eles possibilitam, dentre outras coisas, a comunicação entre duas ou mais pessoas mediadas pelo computador.
Os gêneros utilizados na internet são chamados de gêneros virtuais, sendo eles: o chat, e-mail, blogs, redes sociais.

2.3. LEITURA, ANÁLISE E INETERPRETAÇÃO DE DIFERENTES TIPOS E GÊNEROS TEXTUAIS, RECONHECENDO SUAS ESPECIFICIDADES E ESTRATÉGIAS DE USO

Nessa parte vimos sobre a interpretação e a produção de textos, no qual no destacado um gênero: artigo de opinião.
Foi explicado sobre o entendimento de texto, em questões relativas ao aluno-leitor como: condições de identificação dos elementos e estruturas da narrativa. Destacando a necessidade do ensino de gêneros, especialmente na área de línguas, pois é indispensável para as demais áreas.

Uma concepção esclarecedora a respeito dos vários tipos de gêneros é
indispensável para qualquer estudo, seja qual for a área das ciências – sociais ou exatas, pois “conhecer a natureza do enunciado e as particularidades dos gêneros discursivos fortalece o vínculo entre linguagem e os saberes” (Bakhtin, 1997, p. 282).


2.4.CONSIDERAÇÕES SOBRE A METODOLOGIA DE ENSINO/APRENDIZAGEM DOS TIPOS/GÊNEROS TEXTUAIS

Nessa matéria vimos sobre métodos para o ensino dos tipos e gêneros textuais, buscando mostra ao aluno suas importâncias e usos. Visando não apenas ensinar, mas sim promover um maior interesse dos alunos, aumentar suas potencialidades para produzir textos variados com determinadas formas, função e argumentos convincentes e escritos com objetivos reais, pois se estaria priorizando situações reais e contextualizadas da língua, que privilegia o aspecto sócio-interativo da linguagem no aspecto ensino-aprendizagem.
Segundo Fairclough (2001, p. 35-36): A conexão entre o texto e a prática social é vista como medida pela prática discursiva: de um lado, os processos de produção e interpretação são formados pela natureza da prática social, ajudando também a formá-la e, por outro lado, o processo de produção forma (e deixa vestígios) no texto, e o processo interpretativo opera sobre 'pistas' no texto.

Ana, Mainá e Rodrigo.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Gramática Aplicada da Língua Portuguesa

Formação de Palavras
A formação de palavras é um processo linguístico nos quais novas palavras são formadas. As principais formas de formação de palavras são a derivação e a composição. Dentro da derivação, temos a prefixação, a sufixação e a parassíntese. Já dentro da composição, temos justaposição e aglutinação. Além destes, ainda existem o hibridismo, a onomatopeia, a redução, os empréstimos, a siglonimização, a impropriação e a regressão.


Tipos de Sujeito
Existem cinco tipos de sujeito: simples, composto, oculto, indeterminado e inexistente. O sujeito simples contém apenas um núcleo, enquanto o composto possui mais de um. O sujeito oculto não aparece na oração, mas pode ser identificado através do verbo. O sujeito indeterminado não é possível de ser identificado, e aparece em orações que contém verbos conjugados na terceira pessoa e verbos terminados em “-se”. Já o inexistente aparece em frases meteorológicas.


Transitividade de Predicação Verbal
Existem cinco tipos de transitividade verbal: transitivo direto, transitivo indireto, transitivo direto e indireto, intransitivo e de ligação. O transitivo direto complementa o verbo, enquanto o transitivo indireto complementa o verbo com uma preposição. O transitivo direto e indireto pede dois complementos, um deles com uma preposição. O intransitivo não precisa de complemento, e o de ligação liga um adjetivo ao substantivo.


Período composto por Coordenação
É o periodo formado por duas orações independentes. As orações coordenadas podem ser divididas em sindéticas, que são ligadas por conjunção, e assindéticas, que não possuem conjunção. As orações coordenadas sindéticas podem ser divididas em cinco tipos: aditivas, adversativas, alternativas, explicativas e conclusivas.


Período composto por Subordinação
É o período composto por oração principal e oração subordinada. As orações subordinadas são divididas em três: substantivas, adjetivas e adverbiais.
As orações subordinadas substantivas são divididas em seis: subjetiva, que funciona como o sujeito da oração principal; objetiva direta, que funciona como objeto direto da oração principal e complementa o verbo; objetiva indireta, que funciona como objeto indireto da oração principal e completa o verbo com uma preposição; predicativa, que funciona como predicativo do sujeito do verbo de ligação; completiva nominal, que funciona como complemento nominal do nome contido na oração principal; e apositiva, que funciona como aposto da oração principal e aparece depois de dois pontos.
As orações subordinadas adjetivas são divididas em duas: restritiva e explicativa. Na restritiva não há marcação de pausa, enquanto a explicativa aparece entre vírgulas e serve para realçar um detalhe que já foi dado na oração.

As orações subordinadas adverbiais são divididas em nove: causal, que indica causa; consecutiva, que indica consequência; condicional, que indica condição; concessiva, que indica concessão às ações do verbo da oração principal; comparativa, que indica comparação; conformativa, que dá a ideia de conformidade; final, que indica finalidade; proporcional, que indica proporção; e temporal, que dá a ideia de tempo.

Gêneros Textuais

                                 Gêneros textuais.


Nesta matérial temos como objetivo caracterizar os gêneros textuais, estudar suas estruturas, discutir os critérias de avaliação de um texto, seus conteudos e suas representações.

Lingua, Linguagem e Fala.


A linguagem é inerente a nós, visamos sempre expressar nossos sentimentos, manifestar nossas opniões, trocar informações entre diferentes culturas, dentre outros procedimentos. Quando falamos em Lingua, Linguagem e Fala é comum não saber ou não diferenciar os usos corretos de cada elento, porém há um significado diferente para cada um deles. A Lingua é um código associado na e pela a sociedade, em outras palavras, é o nosso idioma, o Português, o Inglês, o Espanhol e entre outros, todos são códigos, palavras utilizadas por um grupo de indivíduos. A Linguagem nada mais é que toda e qualquer forma de expressão, tudo o que usamos para comunicação, podendo ser verbal ou não-verbal, sendo respectivamente o uso de palavras para se comunicar e o uso de gestos corporais, sinais, gestos faciais e etc. A Fala é a aplicação individual da Lingua, resultando em diversas formas de utilização desta, visto que por ser individual leva-se em consideração as emoções de quem fala, o contexto, o ambiente sociocultural, sua personalidade, o uso coloquial ou formal da fala dentre outros fatores.

 Tipologias Textuais.


A tipologia textual nada mais é do que a forma como apresentamos um texto, não devendo ser confundida com gêneros textuais. Quando escrevemos ou lemos um texto ele pode estar em cinco sequencias textuais, o que quer dizer que o texto pode se apresentar narrativo, argumentativo, expositivo, descritivo e injuntivo, e dentro destas sequencias aparecem os gêneros textuais.
Apresentando a tipologia textual mais a fundo temos as seguintes classificações:

a) Narrativo: É um texto com personagens, onde um narrador (participanteou não da historia) conta um fato ou um fenomeno que ocorreu em determinado lugar.

b) Argumentativo: Quando usamos de argumentos para nos pocisionarmos contra ou a favor de uma ideia.

c) Descritivo: Quando descrevemos caracteristicas, qualidades, eletentos e tudo o que constitue seres vivos, pessoas, objetos e até mesmo plantas.

d) Injuntivo: Quando o enunciado incita a ação, sempre usando verbos no imperativo, como dando uma ordem e etc.

e) Expositivo: É um texto em que se expõe ideia, argumentos e fatos sobre um determinado assunto.

Gêneros Textuais.


Gênero textual é a expressão que utilizamos ao nos referirmos aos textos formalizados que encontramos no cotidiano e que apresentam características sociais e comunicativas definidas por conteúdos, propriedades funcionais, estilo e composição específicos (Marcuschi, 2005).”

Cada gênero textual possua sua própria caracteristica, sua maneira de se apresentar dentro das tipologias textuais, tento seu estilo único que o faz diferenciado. Temos como exemplos:

a)    Carta: Um texto escrito de forma formal para o leitor, usualmente contendo uma sequencia argumentativa.
b)   Notícia: Usando caracteristicas narrativas para informar sobre um fato ou acontecimento envolvendo uma ou várias personagens.
c)    Poema: Texto estruturado em versos e estrofes em que se utiliza usualmente de elementos descritivos.
d)   Receita: Um bom exemplo de texto injuntivo é a receita, onde usa-se sempre verbos no imperativo, dando uma ordem de como preparar e formular uma comida ou leitor.
e)    Reportagem: Usa de elementos expositivos para levar ao leitor fatos e acontecimentos.

Função Metalinguágem.


A Metalinguagém conciste em utilizar um código para explicar e/ou falar de outro código, ou seja, uma poesia falando de poesia, escrever sobre o ato de escrever, em suma é usar a lingua para falar da lingua. Gramáticas e Dicionários são bons exemplos de metalinguágem.

O seguinte poema de João Cabral de Melo Neto também é um ótimo exemplo de como ocorre a metalinguágem:

                                         Poema de desintoxicação   

Em densas noites
com medo de tudo:
de um anjo que é cego
de um anjo que é mudo.
Raízes de árvores
enlaçam-me os sonhos
no ar sem aves
vagando tristonhos.
Eu penso o poema
da face sonhada,
metade de flor
metade apagada.
O poema inquieta
o papel e a sala.
Ante a face sonhada
o vazio se cala.
Ó face sonhada
de um silêncio de lua,
na noite da lâmpada
pressinto a tua.
Ó nascidas manhãs
que uma fada vai rindo,
sou o vulto longínquo
de um homem dormindo.