Orações Coordenadas
Sindéticas - são 5:
1. Aditivas
2. Adversativas
3. Alternativas
4. Conclusivas
5. Explicativas
CLASSIFICAÇÃO DAS
ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS:
1. Aditivas
Expressam
ideia de adição, acrescentamento. Normalmente indicam fatos, acontecimentos ou
pensamentos dispostos em sequência. As conjunções coordenativas aditivas
típicas são "e" e "nem" (= e + não). Introduzem as orações
coordenadas sindéticas aditivas.
Ex:
Discutimos várias propostas e analisamos possíveis soluções.
As
orações sindéticas aditivas podem também estar ligadas pelas locuções não só...
mas (também), tanto...como, e semelhantes. Essas estruturas costumam ser usadas
quando se pretende enfatizar o conteúdo da segunda oração. Veja:
Chico
Buarque não só canta, mas também (ou como também) compõe muito bem. Não só
provocaram graves problemas, mas (também) abandonaram os projetos de
reestruturação social do país.
Obs.:
como a conjunção "nem" tem o valor da expressão "e não",
condena-se na língua culta a forma "enem" para introduzir orações
aditivas.
EX:
Não discutimos várias propostas, nem (= e não) analisamos quaisquer soluções.
2. Adversativas
Exprimem
fatos ou conceitos que se opõem ao que se declara na oração coordenada
anterior, estabelecendo contraste ou compensação. "Mas" é a conjunção
adversativa típica. Além dela, empregam-se: porém, contudo, todavia, entretanto
e as locuções no entanto, não obstante, nada obstante. Introduzem as orações
coordenadas sindéticas adversativas.
Veja
os exemplos:
"O
amor é difícil, mas pode luzir em qualquer ponto da cidade." (Ferreira
Gullar) O país é extremamente rico; o povo, porém, vive em profunda miséria.
Tens razão, contudo controle-se. Renata gostava de cantar, todavia não
agradava. O time jogou muito bem, entretanto não conseguiu a vitória.
Saiba
que: - Algumas vezes, a adversidade pode ser introduzida pela conjunção
"e". Isso ocorre normalmente em orações coordenadas que possuem
sujeitos diferentes.
Ex:
Deus cura, e o médico manda a conta.
Nesse
ditado popular, é clara a intenção de se criar um contraste. Observe que
equivale a uma frase do tipo: "Quem cura é Deus, mas é o médico quem cobra
a conta!" - A conjunção "mas" pode aparecer com valor aditivo.
Ex:
Camila era uma menina estudiosa, mas principalmente esperta.
3. Alternativas
Expressam
ideia de alternância de fatos ou escolha. Normalmente é usada a conjunção
"ou". Além dela, empregam-se também os pares: ora... ora, já... já,
quer... quer, seja... seja, etc. Introduzem as orações coordenadas sindéticas
alternativas.
Exemplos:
Diga
agora ou cale-se para sempre.
Ora
age com calma, ora trata a todos com muita aspereza.
Estarei
lá, quer você permita, quer você não permita.
Obs.:
nesse último caso, o par "quer...quer" está coordenando entre si duas
orações que, na verdade, expressam concessão em relação a "Estarei
lá". É como disséssemos: "Embora você não permita, estarei lá".
4. Conclusivas
Exprimem
conclusão ou consequência referentes à oração anterior. As conjunções típicas
são: logo, portanto e pois (posposto ao verbo). Usa-se ainda: então, assim, por
isso, por conseguinte, de modo que, em vista disso, etc. Introduzem as orações
coordenadas sindéticas conclusivas.
Exemplos:
Não
tenho dinheiro, portanto não posso pagar.
A
situação econômica é delicada; devemos, pois, agir cuidadosamente.
O
time venceu, por isso está classificado. Aquela substância é tóxica, logo deve
ser manuseada cautelosamente.
5. Explicativas
Indicam
uma justificativa ou uma explicação referente ao fato expresso na declaração
anterior. As conjunções que merecem destaque são: que, porque e pois
(obrigatoriamente anteposto ao verbo). Introduzem as orações coordenadas
sindéticas explicativas.
Exemplos:
Vou
embora, que cansei de esperá-lo.
Vinícius
devia estar cansado, porque estudou o dia inteiro.
Cumprimente-o,
pois hoje é o seu aniversário.
Atenção:
Cuidado para não confundir as orações coordenadas explicativas com as
subordinadas adverbiais causais. Observe a diferença entre elas:
- Orações Coordenadas Explicativas:
caracterizam-se por fornecer um motivo, explicando a oração anterior.
Ex:
A criança devia estar doente, porque chorava muito. (O choro da criança não
poderia ser a causa de sua doença.).
- Orações Subordinadas Adverbiais Causais:
exprimem a causa do fato.
Ex: Henrique está triste porque perdeu seu
emprego. (A perda do emprego é a causa da tristeza de Henrique.)
Note-se também que há pausa (vírgula, na
escrita) entre a oração explicativa e a precedente e que esta é, muitas vezes,
imperativa, o que não acontece com a oração adverbial causal.
ORAÇÕES COORDENADAS
ASSINDÉTICAS
A
palavra assindética
tem origem grega (a - negação + sýndeton - conjunção) e significa a ausência de
conjunção. Assim, as orações coordenadas assindéticas são aquelas as quais não são introduzidas
por uma conjunção.
Veja
um exemplo de um período compostos por coordenação formado por duas orações
coordenadas assindéticas:
O tempo não passa, voa.
1ª Oração: O tempo não passa (Coordenada assindética)
2ª Oração: (o tempo) voa. (Coordenada assindética)
O tempo não passa, voa.
1ª Oração: O tempo não passa (Coordenada assindética)
2ª Oração: (o tempo) voa. (Coordenada assindética)
ORAÇÕES SUBORDINADAS
SUBSTANTIVAS
A
oração subordinada substantiva tem valor de substantivo e vem introduzida,
geralmente, por conjunção integrante (que, se).
Ex:
Suponho
que você foi à biblioteca hoje.
Oração Subordinada Substantiva
Você
sabe
se o presidente já chegou?
Oração Subordinada Substantiva
Os
pronomes interrogativos (que, quem, qual) também introduzem as orações
subordinadas substantivas, bem como os advérbios interrogativos (por que,
quando, onde, como). Veja os exemplos:
O
garoto perguntou qual era o
telefone da moça.
Oração Subordinada Substantiva
Não
sabemos
por que a vizinha se mudou.
Oração Subordinada
Substantiva
Orações
Subordinadas Substantivas – são elas: 6
1. Subjetiva
2. Objetiva Direta
3. Objetiva Indireta
4. Completiva Nominal
5. Predicativa
6. Apositiva
CLASSIFICAÇÃO
DAS ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS
De
acordo com a função que exerce no período, a oração subordinada substantiva
pode ser:
a)
Subjetiva
É
subjetiva quando exerce a função sintática de sujeito do verbo da oração
principal. Observe:
É
fundamental
o seu comparecimento à reunião.
Sujeito
É
fundamental
que você compareça à reunião.
Oração
Principal
Oração Subordinada Substantiva Subjetiva
Atenção:
Observe que a oração subordinada substantiva pode ser substituída pelo pronome
" isso".
Assim,
temos um período simples:
É
fundamental isso ou Isso é fundamental.
Dessa
forma, a oração correspondente a "isso" exercerá a função de sujeito.
Veja
algumas estruturas típicas que ocorrem na oração principal:
1-
Verbos de ligação + predicativo, em construções do tipo:
É
bom - É útil - É conveniente - É certo - Parece certo - É claro - Está evidente
- Está comprovado
Ex:
É bom que você compareça à minha festa.
2-
Expressões na voz passiva, como:
Sabe-se
- Soube-se - Conta-se - Diz-se - Comenta-se - É sabido - Foi anunciado - Ficou
provado
Ex:
Sabe-se que Aline não gosta de Pedro.
3-
Verbos como:
convir
- cumprir - constar - admirar - importar - ocorrer - acontecer
Ex:
Convém que não se atrase na entrevista.
Obs.:
quando a oração subordinada substantiva é subjetiva, o verbo da oração principal
está sempre na 3ª. pessoa do singular.
b)
Objetiva Direta
A
oração subordinada substantiva objetiva direta exerce função de objeto direto
do verbo da oração principal.
Ex:
Todos
querem sua aprovação no vestibular. Objeto Direto
Todos
querem que você seja aprovado. (Todos querem isso)
Oração
Principal Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta
As
orações subordinadas substantivas objetivas diretas desenvolvidas são iniciadas
por:
1-
Conjunções integrantes "que" (às vezes elíptica) e "se":
Ex:
A professora verificou se todos alunos estavam presentes.
2-
Pronomes indefinidos que, quem, qual, quanto (às vezes regidos de preposição),
nas interrogações indiretas:
Ex:
O pessoal queria saber quem era o dono do carro importado.
3-
Advérbios como, quando, onde, por que, quão (às vezes regidos de preposição),
nas interrogações indiretas:
Ex:
Eu não sei por que ela fez isso.
Orações
Especiais Com os verbos deixar, mandar, fazer (chamados auxiliares causativos)
e ver, sentir, ouvir, perceber(chamados auxiliares sensitivos) ocorre um tipo
interessante de oração subordinada substantiva objetiva direta reduzida de
infinitivo.
Observe:
Deixe-me repousar. Mandei-os sair. Ouvi-o gritar.
Nesses
casos, as orações destacadas são todas objetivas diretas reduzidas de
infinitivo. E, o que é mais interessante, os pronomes oblíquos atuam todos como
sujeitos dos infinitivos verbais. Essa é a única situação da língua portuguesa
em que um pronome oblíquo pode atuar como sujeito. Para perceber melhor o que
ocorre, convém transformar as orações reduzidas em orações desenvolvidas:
Deixe
que eu repouse. Mandei que eles saíssem. Ouvi que ele gritava.
Nas
orações desenvolvidas, os pronomes oblíquos foram substituídos pelas formas
retas correspondentes. É fácil compreender agora que se trata, efetivamente,
dos sujeitos das formas verbais das orações subordinadas.
c)
Objetiva Indireta
A
oração subordinada substantiva objetiva indireta atua como objeto indireto do
verbo da oração principal. Vem precedida de preposição.
Ex:
Meu pai insiste
em meu estudo.
Objeto Indireto
Meu
pai insiste em que eu estude. (Meu pai insiste nisso)
Oração
Subordinada Substantiva Objetiva Indireta
Obs.:
em alguns casos, a preposição pode estar elíptica na oração.
Ex:
Marta não gosta (de) que a chamem de senhora.
Oração
Subordinada Substantiva Objetiva Indireta
d) Completiva Nominal
A
oração subordinada substantiva completiva nominal completa um nome que pertence
à oração principal e também vem marcada por preposição.
Ex:
Sentimos orgulho de seu
comportamento.
Complemento
Nominal
Sentimos
orgulho de que você se comportou. (Sentimos orgulho disso.)
Oração
Subordinada Substantiva Completiva Nominal
Lembre-se:
Observe que as orações subordinadas substantivas objetivas indiretas integram o
sentido de um verbo, enquanto que orações subordinadas substantivas completivas
nominais integram o sentido de um nome. Para distinguir uma da outra, é
necessário levar em conta o termo complementado. Essa é, aliás, a diferença
entre o objeto indireto e o complemento nominal: o primeiro complementa um
verbo, o segundo, um nome.
e)
Predicativa
A
oração subordinada substantiva predicativa exerce papel de predicativo do
sujeito do verbo da oração principal e vem sempre depois do verbo ser.
Ex:
Nosso desejo era sua
desistência.
Predicativo do Sujeito
Nosso desejo era que ele desistisse. (Nosso
desejo era isso.)
ORAÇÃO SUBORDINADA
SUBSTANTIVA PREDICATIVA
Obs.:
em certos casos, usa-se a preposição expletiva "de" para realce. Veja
o exemplo: A impressão é de que não fui bem na prova.
f)
Apositiva
A
oração subordinada substantiva apositiva exerce função de aposto de algum termo
da oração principal.
Ex:
Fernanda tinha um grande sonho: a
chegada do dia de seu casamento.
Aposto
(Fernanda tinha um grande sonho: isso.)
Fernanda
tinha um grande sonho: que o dia do seu casamento chegasse.
ORAÇÃO SUBORDINADA
SUBSTANTIVA APOSITIVA
Saiba
mais:
Apesar
de a NGB não fazer referência, podem ser incluídas como orações subordinadas
substantivas aquelas que funcionam como agente da passiva iniciadas por
"de" ou "por" , + pronome indefinido.
Veja
os exemplos:
O
presente será dado por quem o comprou.
O espetáculo foi
apreciado por quantos o assistiram .
Adriana, Mônica e Alexandre
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