segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Orações Coordenadas e Orações Subordinadas



Orações Coordenadas Sindéticas - são 5:
1.    Aditivas
2.    Adversativas
3.    Alternativas
4.    Conclusivas
5.    Explicativas
CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS:
1.    Aditivas
Expressam ideia de adição, acrescentamento. Normalmente indicam fatos, acontecimentos ou pensamentos dispostos em sequência. As conjunções coordenativas aditivas típicas são "e" e "nem" (= e + não). Introduzem as orações coordenadas sindéticas aditivas.
Ex: Discutimos várias propostas e analisamos possíveis soluções.
As orações sindéticas aditivas podem também estar ligadas pelas locuções não só... mas (também), tanto...como, e semelhantes. Essas estruturas costumam ser usadas quando se pretende enfatizar o conteúdo da segunda oração. Veja:
Chico Buarque não só canta, mas também (ou como também) compõe muito bem. Não só provocaram graves problemas, mas (também) abandonaram os projetos de reestruturação social do país.
Obs.: como a conjunção "nem" tem o valor da expressão "e não", condena-se na língua culta a forma "enem" para introduzir orações aditivas.
EX: Não discutimos várias propostas, nem (= e não) analisamos quaisquer soluções.
2.     Adversativas
Exprimem fatos ou conceitos que se opõem ao que se declara na oração coordenada anterior, estabelecendo contraste ou compensação. "Mas" é a conjunção adversativa típica. Além dela, empregam-se: porém, contudo, todavia, entretanto e as locuções no entanto, não obstante, nada obstante. Introduzem as orações coordenadas sindéticas adversativas.
Veja os exemplos:
"O amor é difícil, mas pode luzir em qualquer ponto da cidade." (Ferreira Gullar) O país é extremamente rico; o povo, porém, vive em profunda miséria. Tens razão, contudo controle-se. Renata gostava de cantar, todavia não agradava. O time jogou muito bem, entretanto não conseguiu a vitória.
Saiba que: - Algumas vezes, a adversidade pode ser introduzida pela conjunção "e". Isso ocorre normalmente em orações coordenadas que possuem sujeitos diferentes.
Ex: Deus cura, e o médico manda a conta.
Nesse ditado popular, é clara a intenção de se criar um contraste. Observe que equivale a uma frase do tipo: "Quem cura é Deus, mas é o médico quem cobra a conta!" - A conjunção "mas" pode aparecer com valor aditivo.
Ex: Camila era uma menina estudiosa, mas principalmente esperta.
3.     Alternativas
Expressam ideia de alternância de fatos ou escolha. Normalmente é usada a conjunção "ou". Além dela, empregam-se também os pares: ora... ora, já... já, quer... quer, seja... seja, etc. Introduzem as orações coordenadas sindéticas alternativas.
Exemplos:
Diga agora ou cale-se para sempre.
Ora age com calma, ora trata a todos com muita aspereza.
Estarei lá, quer você permita, quer você não permita.
Obs.: nesse último caso, o par "quer...quer" está coordenando entre si duas orações que, na verdade, expressam concessão em relação a "Estarei lá". É como disséssemos: "Embora você não permita, estarei lá".
4.    Conclusivas
Exprimem conclusão ou consequência referentes à oração anterior. As conjunções típicas são: logo, portanto e pois (posposto ao verbo). Usa-se ainda: então, assim, por isso, por conseguinte, de modo que, em vista disso, etc. Introduzem as orações coordenadas sindéticas conclusivas.
Exemplos:
Não tenho dinheiro, portanto não posso pagar.
A situação econômica é delicada; devemos, pois, agir cuidadosamente.
O time venceu, por isso está classificado. Aquela substância é tóxica, logo deve ser manuseada cautelosamente.
5.    Explicativas
Indicam uma justificativa ou uma explicação referente ao fato expresso na declaração anterior. As conjunções que merecem destaque são: que, porque e pois (obrigatoriamente anteposto ao verbo). Introduzem as orações coordenadas sindéticas explicativas.
Exemplos:
Vou embora, que cansei de esperá-lo.
Vinícius devia estar cansado, porque estudou o dia inteiro.
Cumprimente-o, pois hoje é o seu aniversário.
Atenção: Cuidado para não confundir as orações coordenadas explicativas com as subordinadas adverbiais causais. Observe a diferença entre elas:
 - Orações Coordenadas Explicativas: caracterizam-se por fornecer um motivo, explicando a oração anterior.
Ex: A criança devia estar doente, porque chorava muito. (O choro da criança não poderia ser a causa de sua doença.).
 - Orações Subordinadas Adverbiais Causais: exprimem a causa do fato.
 Ex: Henrique está triste porque perdeu seu emprego. (A perda do emprego é a causa da tristeza de Henrique.)
 Note-se também que há pausa (vírgula, na escrita) entre a oração explicativa e a precedente e que esta é, muitas vezes, imperativa, o que não acontece com a oração adverbial causal.
ORAÇÕES COORDENADAS ASSINDÉTICAS
A palavra assindética tem origem grega (a - negação + sýndeton - conjunção) e significa a ausência de conjunção. Assim, as orações coordenadas assindéticas são aquelas as quais não são introduzidas por uma conjunção.
Veja um exemplo de um período compostos por coordenação formado por duas orações coordenadas assindéticas:

O tempo não passa, voa.

1ª Oração: O tempo não passa (Coordenada assindética)
2ª Oração: (o tempo) voa. (Coordenada assindética) 

ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS
A oração subordinada substantiva tem valor de substantivo e vem introduzida, geralmente, por conjunção integrante (que, se).
Ex: Suponho                                                  que você foi à biblioteca hoje.
                                                                       Oração Subordinada Substantiva

Você sabe                                                             se o presidente já chegou?
                                                                          Oração Subordinada Substantiva
Os pronomes interrogativos (que, quem, qual) também introduzem as orações subordinadas substantivas, bem como os advérbios interrogativos (por que, quando, onde, como). Veja os exemplos:

O garoto perguntou                                     qual era o telefone da moça.
                                                                   Oração Subordinada Substantiva

Não sabemos                                                    por que a vizinha se mudou.
                                                                  Oração Subordinada Substantiva
Orações Subordinadas Substantivas – são elas: 6
1.    Subjetiva
2.    Objetiva Direta
3.    Objetiva Indireta
4.    Completiva Nominal
5.    Predicativa
     6.  Apositiva

CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS
De acordo com a função que exerce no período, a oração subordinada substantiva pode ser:
a) Subjetiva
É subjetiva quando exerce a função sintática de sujeito do verbo da oração principal. Observe:
É fundamental                                     o seu comparecimento à reunião.
                                                                         Sujeito

É fundamental                                              que você compareça à reunião.
Oração Principal                                            Oração Subordinada Substantiva Subjetiva

Atenção: Observe que a oração subordinada substantiva pode ser substituída pelo pronome " isso".
Assim, temos um período simples:
É fundamental isso ou Isso é fundamental.
Dessa forma, a oração correspondente a "isso" exercerá a função de sujeito.
Veja algumas estruturas típicas que ocorrem na oração principal:
1- Verbos de ligação + predicativo, em construções do tipo:
É bom - É útil - É conveniente - É certo - Parece certo - É claro - Está evidente - Está comprovado
Ex: É bom que você compareça à minha festa.
2- Expressões na voz passiva, como:
Sabe-se - Soube-se - Conta-se - Diz-se - Comenta-se - É sabido - Foi anunciado - Ficou provado
Ex: Sabe-se que Aline não gosta de Pedro.
3- Verbos como:
convir - cumprir - constar - admirar - importar - ocorrer - acontecer
Ex: Convém que não se atrase na entrevista.
Obs.: quando a oração subordinada substantiva é subjetiva, o verbo da oração principal está sempre na 3ª. pessoa do singular.
b) Objetiva Direta
A oração subordinada substantiva objetiva direta exerce função de objeto direto do verbo da oração principal.
 Ex:
Todos querem sua aprovação no vestibular. Objeto Direto
Todos querem que você seja aprovado. (Todos querem isso)
Oração Principal Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta
As orações subordinadas substantivas objetivas diretas desenvolvidas são iniciadas por:
1- Conjunções integrantes "que" (às vezes elíptica) e "se":
Ex: A professora verificou se todos alunos estavam presentes.
2- Pronomes indefinidos que, quem, qual, quanto (às vezes regidos de preposição), nas interrogações indiretas:
Ex: O pessoal queria saber quem era o dono do carro importado.
3- Advérbios como, quando, onde, por que, quão (às vezes regidos de preposição), nas interrogações indiretas:
Ex: Eu não sei por que ela fez isso.
Orações Especiais Com os verbos deixar, mandar, fazer (chamados auxiliares causativos) e ver, sentir, ouvir, perceber(chamados auxiliares sensitivos) ocorre um tipo interessante de oração subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo.
Observe: Deixe-me repousar. Mandei-os sair. Ouvi-o gritar.
Nesses casos, as orações destacadas são todas objetivas diretas reduzidas de infinitivo. E, o que é mais interessante, os pronomes oblíquos atuam todos como sujeitos dos infinitivos verbais. Essa é a única situação da língua portuguesa em que um pronome oblíquo pode atuar como sujeito. Para perceber melhor o que ocorre, convém transformar as orações reduzidas em orações desenvolvidas:
Deixe que eu repouse. Mandei que eles saíssem. Ouvi que ele gritava.
Nas orações desenvolvidas, os pronomes oblíquos foram substituídos pelas formas retas correspondentes. É fácil compreender agora que se trata, efetivamente, dos sujeitos das formas verbais das orações subordinadas.
c) Objetiva Indireta
A oração subordinada substantiva objetiva indireta atua como objeto indireto do verbo da oração principal. Vem precedida de preposição.
Ex: Meu pai insiste                                                 em meu estudo.
                                                                          Objeto Indireto
Meu pai insiste em que eu estude. (Meu pai insiste nisso)
Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta
Obs.: em alguns casos, a preposição pode estar elíptica na oração.
Ex: Marta não gosta (de) que a chamem de senhora.
Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta
 d) Completiva Nominal
A oração subordinada substantiva completiva nominal completa um nome que pertence à oração principal e também vem marcada por preposição.
Ex: Sentimos orgulho                                         de seu comportamento.
                                                                     Complemento Nominal
Sentimos orgulho de que você se comportou. (Sentimos orgulho disso.)
Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal
Lembre-se: Observe que as orações subordinadas substantivas objetivas indiretas integram o sentido de um verbo, enquanto que orações subordinadas substantivas completivas nominais integram o sentido de um nome. Para distinguir uma da outra, é necessário levar em conta o termo complementado. Essa é, aliás, a diferença entre o objeto indireto e o complemento nominal: o primeiro complementa um verbo, o segundo, um nome.
e) Predicativa
A oração subordinada substantiva predicativa exerce papel de predicativo do sujeito do verbo da oração principal e vem sempre depois do verbo ser.
Ex: Nosso desejo era                                           sua desistência.
                                                                  Predicativo do Sujeito
 Nosso desejo era que ele desistisse. (Nosso desejo era isso.)
ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA PREDICATIVA
Obs.: em certos casos, usa-se a preposição expletiva "de" para realce. Veja o exemplo: A impressão é de que não fui bem na prova.


f) Apositiva
A oração subordinada substantiva apositiva exerce função de aposto de algum termo da oração principal.

Ex: Fernanda tinha um grande sonho:     a chegada do dia de seu casamento.
                                                                           Aposto
 (Fernanda tinha um grande sonho: isso.)
Fernanda tinha um grande sonho: que o dia do seu casamento chegasse. 
ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA APOSITIVA
Saiba mais:
Apesar de a NGB não fazer referência, podem ser incluídas como orações subordinadas substantivas aquelas que funcionam como agente da passiva iniciadas por "de" ou "por" , + pronome indefinido.
Veja os exemplos:
O presente será dado por quem o comprou.
O espetáculo foi apreciado por quantos o assistiram . 

Adriana, Mônica e Alexandre 

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