sexta-feira, 29 de maio de 2015

lirismo Joao de Deus

Introdução: 

João de Deus de Nogueira Ramos nasceu a 8 de Março de 1830 em Bartolomeu de Messines, uma vila em Silves. Era filho de um mercador local, cujo gastava dinheiro nos filhos, até mais do que podia. Devido a razões económicas teve de estudar num seminário até 1850, data em que entrou para a universidade de Coimbra como estudante de direito. Após nove anos da sua entrada, nos quais reprovou algumas vezes, formou-se. Mas a sua intelectualidade foi reconhecido desde o inicio, o poeta mais focado nas belas artes logo mostrou os seus dotes líricos, em 1855 a “Revista Académica” publicou a primeira obra do poeta. No período de tempo que frequentou a universidade escrevia para poder subsistir, contudo redigir não era o suficiente e porque os seus rendimentos familiares eram poucos e o seu insucesso académico continuava, o poeta chegou quase a viver em pobreza extrema, facto que contribuiu para a melancolia deste. Para o ajudarem, os seus companheiros de estudo reuniram as suas poesias, estas vieram a ser publicadas na imprensa coimbrã da época. A sua reputação veio a engrandecer e em 1858 foi alvo de um elogioso artigo publicado no instituto de Coimbra. Em 1859 após ter concluído o curso, o poeta escolhe permanecer no distrito exercendo um pouco de advocacia, mas continuando a escrever, agora poesia de carácter satírico.
 
Desenvolvimento:

Numa das suas tertúlias, o poeta decidiu candidatar-se ao cargo de deputado das Cortes como forma de receber bons valores monetários, e após um desempate João de Deus sai vitorioso contudo neste cargo esteve sempre muito ausente. Em 1868, pouco depois da sua eleição parlamentar, casa com Guilhermina das Mercês Battaglia, uma senhora de boas famílias, ganhando estabilidade na sua vida pessoal. Deste casamento nasceram Maria Isabel Battaglia Ramos e José do Espírito Santo Battaglia Ramos. Com o casamento e a passagem pelas Cortes, reflectindo uma maior disponibilidade para a literatura, inicia a publicação sistemática da sua obra poética e dramática. Logo nesse ano publica a colectânea “Flores do campo”, a que se segue, em 1869, uma pequena recolha de catorze poemas intitulada “Ramo de flores”, considerada a sua melhor obra poética.

Escola literária:


Perfil Literário Bibliográfico
Na literatura da sua época, João de Deus ocupou uma posição singular e destacada. Porque viveu nos finais do ultra-romantismo, aproximou-se da tradição folclórica de forma mais conseguida que qualquer outro escritor romântico português. A sua poesia distinguiu-se, sobretudo, pela grande riqueza musical e rítmica.
Grande parte da sua obra poética está presente em “Flores do Campo” publicada em 1868, “Folhas Soltas” (1876), e “Campos de Flores” (1893). Foi, ainda, autor de fábulas e de obras destinadas ao teatro, estas na maior parte dos casos são traduções e adaptações de autores estrangeiros. Grande parte da sua produção em prosa foi reunida na colectânea “Prosas”.





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