quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Morfossintaxe Aplicada na Língua Portuguesa


“Educação não transforma o mundo. Educação muda pessoas. Pessoas 
transformam o mundo” – Paulo Freire.







Neste trabalho, falaremos sobre os estudos de Morfossintaxe Aplicada da Língua Portuguesa desenvolvidos e aprendidos em sala de aula, com a Professora Orientadora Ms. Ilka Teixeira, com base, inteiramente, no livro “Prática de Morfossintaxe: Como e por que aprender análise (morfo) sintática” da autora Inez Sautchuck. 
Nas aulas do terceiro semestre, começamos a utilizar este material de trabalho para os estudos em sala de aula e em casa. Vimos os capítulos um, dois e três. Já neste semestre, o quarto, vimos os capítulos quatro, cinco e seis. Para finalizar o semestre, analisaremos toda a teoria e prática que aprendemos e a seguir encontra-se um resumo do que foi aprendido, segundo o material de estudos, o livro de Inez Sautchuck.

I.                     ESTUDO DOS TERMOS DA ORAÇÃO (PERÍODO SIMPLES)

Os enunciados de um texto podem ser organizados sob a forma de: Período
simples ou composto, relação de sintática entre suas orações tanto de uma
simples superposição ou com variados tipos de dependência, denominados de
coordenação ou subordinação. Nas relações sintáticas ocorridas nos períodos
simples há orações sem sujeito, mas nunca orações sem predicado (sintagma
verbal). Para se descobrir o sujeito, temos que perguntar “quem”? Ou “O quê”? Para o verbo da oração. Não da mesma forma se diz do sujeito. Há inúmeros casos de orações sem sujeito, portanto não é um termo de tamanha funcionalidade.
Da mesma forma há quem diga que sujeito é aquele que pratica a ação
expressa pelo verbo, o que muitas vezes dificulta o entendimento geral da
frase. O padrão sintático de construção: SVC, isto é, S= sujeito, V= verbo, e C= complemento.
Para isso, é preciso examinar as características e as diversas possibilidades de
manifestação do termo oracional que corresponde à posição S, ou seja, a posição do sujeito da oração.

II.                    Estudo do Sujeito da Oração

A característica morfossintática definitiva do sujeito da oração é a de ser
sempre de natureza substantiva, representado por um sintagma nominal, e,
depois, a de ocupar preferencialmente a primeira posição do SVC. Assim, em
qualquer tipo de enunciado, podemos lançar mão dessa dupla característica e
propor um método prático de identificação do sujeito das orações: todo termo
da oração (não preposicionado) que puder ser substituído por um pronome reto
(ele [s], ela [s]) será sujeito. A resposta, geralmente afirmativa, nos indicará o sujeito, ficando os termos da oração automaticamente na ordem SVC.

Nesse método prático, devem ocorrer algumas condições constantes:
  •  Todo termo não substituído deve sempre ser repetido na resposta, isto é, as respostas devem ser sempre completas;
  •  O pronome reto concorda, em gênero e/ou número, com o núcleo do sujeito (na verdade, com o núcleo do sintagma nominal);
  • Se todo sujeito expresso na oração é sempre representado por um sintagma nominal, obviamente nenhum sintagma preposicionado poderá ser sujeito;
  • O sujeito da oração é sempre representado por um sintagma autônomo.


O sujeito, quando explícito na oração, tem de ser necessariamente um sintagma nominal:

  • Com determinante + núcleo substantivo;
  • Representado por palavra substantivada;
  • Representado por pronome substantivo;
  • Expandido a partir do núcleo substantivo e acompanhado por seus determinantes e/ou modificadores.


É comum classificar o sujeito da oração como simples, composto, oculto (ou elíptico), indeterminado ou inexistente (ou oração sem sujeito).
No caso do sujeito simples (SS) ocorrerá quando for possível trocar um
sintagma nominal (com um só núcleo substantivo) por um só pronome reto.
Nesse caso, o verbo da oração fica necessariamente apenas em 3ª pessoa do plural ou do singular, acompanhado do pronome se.

Seguindo este método, nesses casos, poderiam ser acrescentadas ao verbo da
oração duas ou três variações de um pronome reto de 3ª pessoa, ou seja, ele (s), ela (s), você (s).No método prático, é o caso de orações em que não se substitui nenhum sintagma nominal da oração por pronome reto e nem se acrescenta qualquer pronome à oração.

A função gramatical (sintática) do sujeito da oração, quando expresso por meio
de um sintagma nominal ou omitido na forma oculta ou indeterminada, é útil e
necessária para desempenhar papéis comunicativo-textuais muito importantes.
Esse tipo de análise é realizado sempre a partir da fórmula S + V (salvos os
casos em que a oração já apresenta a posição do sujeito vazia). Nos
casos de orações sem sujeito, basta observar isoladamente o comportamento
semântico do verbo.
Há verbos, em português, que são meramente copulativos, isto é, servem
apenas para estabelecer uma ligação entre o sujeito e outro termo da oração.
Esvaziados de sentido, comportam-se na oração como meros conectores.

Para serem de ligação, os verbos devem preencher os seguintes requisitos:
 Não ter carga semântica representativa do mundo extralinguístico;
 Não apresentar sentido completo, mesmo “somados” ao seu sujeito;
 Ser acompanhados, sempre, na posição C, por um complemento predicativo do sujeito (termo sintático de natureza adjetiva)

Um verbo significativo, por sua vez, detém toda uma carga semântica representativa “do mundo a nossa volta” e, diferentemente dos copulativos – ou não significativos –, não é vazio de significado.

III.                  Complemento Nominal

Por constituir um sintagma interno a outro sintagma, mas ao mesmo tempo, ser
um termo sintático obrigatório, à semelhança dos complementos verbais de
verbos transitivos, o complemento nominal (CN) merece ser descrito em item à
parte.

III.I. Observação da Concordância Sujeito/Predicado

Os defeitos de concordância mais frequentes ocorrem pela falta de identificação ou confirmação de uma estrutura sujeito/verbo/predicado no enunciado.

Sujeito é o termo da oração que serve como suporte para afirmar algo através
do predicado.
Predicado é o termo da oração que através de um verbo acrescenta afirmação
sobre o sujeito.
Morfema – Palavra – Sintagma – Oração (período) = Texto.
Período composto é formado por duas ou mais orações.
Duas orações são coordenadas quando tem um mesmo período.
Orações coordenadas sindéticas alternativas: ou...quer, seja... seja.

III.II. Orações Subordinadas Substantivas, Adjetivas e Adverbiais

Orações subordinadas levam esse nome por haver uma dependência sintática
(além da semântica), isso significa que podem exercer funções sintáticas peculiares ao tipo de sintagma que estão representando no período composto.
As orações subordinadas substantivas são aquelas que possuem a mesma função que um substantivo na estrutura sintática da frase.
Podemos ter uma oração subordinada de 6 tipos:
A subjetiva que ocupa a função de sujeito;
(Verbo de ligação + predicativo + oração subordinada substantiva subjetiva).
A Predicativa que ocupa a função do predicativo do sujeito.
(Sujeito + verbo de ligação + oração subordinada substantiva predicativa).
(Sujeito + verbo transitivo direto + oração subordinada substantiva objetiva direta).
A Objetiva indireta que ocupa a função do objeto indireto.
(Sujeito + verbo transitivo indireto + oração subordinada substantiva objetiva
indireta).
A Completiva nominal que ocupa a função de um complemento nominal.
(Sujeito + verbo transitivo direto + objeto direto + oração subordinada substantiva completiva nominal).
(Sujeito + verbo transitivo direto+ objeto direto+ oração subordinada
substantiva apositiva).
Orações subordinadas adjetivas são orações que exercem a função de um
adjetivo na oração principal.
(Sujeito + verbo de ligação + predicativo + oração subordinada adjetiva restritiva).
(Sujeito + oração subordinada adjetiva explicativa + verbo transitivo direto indireto + objeto direto + objeto indireto).
Orações subordinadas adverbiais temos 9 tipos de orações que ocupam a
função de um adjunto adverbial.
Consecutiva, que é a consequência da oração principal.
Final, que indica finalidade para que aconteça a oração principal.
Proporcional, que indica proporção.
Temporal, que localiza a oração principal em um determinado tempo.

III. II. Paralelismo sintático

O paralelismo sintático trata-se de um mecanismo de construção de enunciado
que permite não só melhorar a clareza da expressão escrita, como também
acrescentar a ela um toque de pura elegância estilística.
Paralelismo se trata de uma sequência de expressões com estrutura idêntica,
ocorre o paralelismo sintático quando a estrutura de termos coordenados entre
si é idêntica. Sendo assim o paralelismo se trata de uma frase bem organizada,
coerente e que seu sentido seja notado.


Para quem quiser aprofundar os conhecimentos ou ter acesso à exemplos, acesse o link abaixo e faça o download :

Trabalho completo Morfossintaxe


Grupo: Ana Flávia, Edejane, Leticia e Mainá 

O Uso da Vírgula!

Postado por: Jorge Leandro, Willian Antonio, Gustavo Souza, Mariana Vieira e Fernanda Moura

A vírgula deve ser usada corretamente, senão o sentido de uma frase pode mudar completamente:

(vixi!)

Há vírgula

·         
      Para indicar, nas datas, o lugar:
«São José dos Campos, 07 de novembro de 2015.»
·         Para intercalar termos e expressões num período simples:
«Tentei tudo, isto é, quase tudo.»
«Paulo não pode vir, ou melhor, recusou-se a vir.»
«Observe, com muita calma, a sua expressão.»
«Os alunos, ontem à noite, homenagearam a vice-reitora.
·         Separar elementos coordenados assindéticos, ou seja, elementos de uma enumeração:
«Os pais, alunos, administradores, comunidade, todos ajudaram a compor o planejamento escolar.»
·         Para marcar a anteposição do predicativo:
«Sentados, os alunos permaneciam.»
·         Isolar expressões explicativas: isto é, ou melhor, quer dizer, melhor dizendo etc.
«Irei para águas de Santa Bárbara, melhor dizendo, Bárbara.»
·         Para indicar a elipse do verbo:
«Ela prefere filmes românticos; o namorado, de aventuras.»
«Ela estava com fome e eu, com sede.»
·         Em orações com objetos pleonásticos:
«Os meus alunos, sempre os respeito.»
«Aos meus alunos, o respeito lhes devo.»
·         Separar adjuntos adverbiais no meio da frase ou deslocados:
«A maioria dos alunos, durante as férias, viajam.»
«Durante as férias, a maioria dos alunos viajam.»
·         Isolar o aposto explicativo (intercalação do aposto):
«Capitu, o dilema de Machado, é ponto de discussão entre os leitores.»
«Brasília, Capital da República, foi fundada em 1960.»
·         Isolar o vocativo (marcar sua interpolação):
«Senhoras e Senhores, vai começar o espetáculo!»
«Minha filha, não seja teimosa!»
«Alberto, traga minhas calças até aqui.»



·         Para separar oração apositiva da principal:

«O diretor foi claro, que não mais chegassem fora de hora.»
·         Para separar a oração adjetiva explicativa da principal:
«A jovem garota, que sempre gostou de matemática, agora só estuda inglês.»
·         Para separar orações coordenadas sindéticas (exceto as iniciadas por 'e' e 'nem':
«Defendeu o amigo, porém manteve-se descontente.»
·         Para separar orações coordenadas assindéticas:
«Vim, vi, venci.»
«O tempo não para no porto, não apita na curva, não espera ninguém.»
«Não sei nem como penso, nem como vivo, nem como sinto, nem como existo.»
·         As conjunções 'pois', 'porém', 'portanto', 'não obstante', 'contudo' quando vier depois do verbo, deverá ser separada por vírgula:
«Eu já enviei minhas desculpas, espero, pois, que você entenda.»
«Você não veio ontem, nada impede, porém, que continue fazendo parte da equipe vencedora.»
«Terminei a prova com antecedência, não me digas, portanto, que não posso sair.»
« Apesar de toda a minha insistência, disse-me, contudo, que estava estressadíssimo.»
·         Para separar adjuntos adverbiais longos:
«Depois que toda a diretoria entrou no auditório, as luzes se acenderam.»
·         Para marcar a anteposição ou a intercalação de oração subordinada adverbial:
«Chegamos, como tínhamos combinado, às 19 h.»
«Como tínhamos combinado, chegamos às 19 h.»
·         A conjunção coordenada aditiva e quando equivale a mas, exige anteposição da vírgula:
«Ele pensa uma coisa, e diz outra.» (= mas)
·         Usa-se a vírgula nas orações coordenadas aditivas iniciadas pela conjunção e quando os sujeitos forem diferentes e quando o e for repetido:
«Ela irá no primeiro avião, e seus filhos no próximo.»
• Vírgula antes da conjunção mas, indicando ideia contrária:
«Muitos tentam, mas poucos conseguem.» (= idéias contrárias)



·         Vírgula e a abreviatura etc

Alguns autores costumam usar a vírgula antes da abreviatura etc.. Esse é um termo latino que significa e outras coisas, e assim sendo, não haveria necessidade de usar a vírgula, no entanto, o seu uso é consagrado até pela norma culta.
«A maioria dos advérbios terminados em 'mente' são: suavemente, corajosamente, selvagemente, etc. ( ou ... corajosamente, selvagemente etc.)
·         Para isolar elementos repetidos:
«O homem, semeia, semeia, semeia, e nunca perde a colheita.»
«Trabalha, trabalha, trabalha, homem!»
·         Para separar orações reduzidas de particípio e de gerúndio:
«Data a partida, já se conhecia o vencedor.»
«Chegando à praia, a primeira coisa que as mães fizeram foi agarrar seus filhos.»
«Ao chegar ao trabalho, o funcionário deve assinar o livro de ponto.»
• Para separar elementos distintivos de provérbios:
«Quem tudo quer, tudo perde.»
«Rei morto, rei posto.»
«Quem dorme com criança, acorda molhado.»

Não há vírgula:

·         Entre sujeito e predicado:
«Luís comprou um carro novo.»
·         Entre o verbo e o seu objeto:
«Maria, seu marido e seus três filhos compraram um novo terreno.»
·         Entre o nome e o seu adjunto:
«Casa de pedra tomba, mas não desiste.»
·         Entre o nome e o seu complemento:
«Eles queriam que tudo permanecesse favorável ao deputado.»
·         Entre oração principal e oração adjetiva restritiva:
«O homem que ajuda o próximo nunca perde a esperança.»
·         Antes da conjunção e quando ela introduz a última oração coordenada:
«Comprou jóias, roupas, sapatos e brinquedos.»
·         Orações subordinadas substantivas: não se separam por vírgulas:
«É evidente que o culpado é o mordomo.»

·         Adjuntos adverbiais curtos: não se exige vírgula com eles, salvo se for exigida pausa:
«Depois disso tudo voltou ao normal.» (ou Depois disso, tudo voltou ao normal)
«No verão passado fomos à Paris.» (ou No verão passado, fomos à Paris)
·         Oração adverbial, após a oração principal, não exige vírgula:
«Quebrou a perna quando dançava.»
nota:
Ao contrário do que muitos pensam, a vírgula não depende da respiração e sim, da estrutura sintática da oração. A pausa que ocorre na fala, nem sempre corresponde à pausa na escrita.
«A secretária da seção de despachos do correio falou que o chefe disse aos grevistas que eles seriam demitidos.
Veja um exemplo do uso da vírgula em um texto literário:
[...]
- Veja,(1) agora a senhora está bem melhor! Mas, francamente,(2) acho que a senhora devia ter uma dama de companhia.
- Aceito-a com todo prazer! - disse a Rainha. - Dois pence por semana e doce todos os outros dias.
Alice não pode deixar de rir,(3) enquanto respondia: não estou me candidatando... e nem gosto tanto assim de doces.
- É doce de muito boa qualidade – afirmou a Rainha.
- Bom, hoje,(4) pelo menos,(5) não estou querendo.[...]

(fonte: Carroll, Levis. As aventuras de Alice.3 ed.São Paulo,Summus, p.182.-in: FIORIN. Introdução à Lingüística II. p.161)

justificativa:
(1) - para isolar o vocativo.
(2) - isolar adjuntos adverbiais.
(3) - marcar intercalação de termos e expressões.
(4) - isolar advérbio de tempo (adjuntos adverbiais deslocados).

(5) - adjuntos adverbiais de modo deslocados.

Resumo: Morfossintaxe Aplicada da Língua portuguesa












ANÁLISE SINTÁTICA
A análise sintática examina a estrutura de um período que pode ser dividido em orações e determina a função sintática dos termos de cada oração. Neste texto, daremos uma breve noção do que é frase, oração, período e falaremos dos termos que compõem as orações:
TERMOS ESSENCIAIS
Sujeito
Predicado
Predicativo
TERMOS INTEGRANTES
Objeto direto
Objeto direto preposicionado
Objeto direto pleonástico
Objeto indireto
Objeto indireto pleonástico
Complemento nominal
Agente da passiva
TERMOS ACESSÓRIOS
Adjunto adnominal
Adjunto adverbial
Aposto
Vocativo
Abordaremos o período composto por coordenação e o por subordinação ena página de classificação das orações. Uma outra postagem deste blog trata da análise de orações, uma revisão de muitos assuntos vistos aqui.
FRASE
É todo enunciado capaz de transmitir tudo que pensamos a quem nos ouve:
Cuidado!
Que horror!
Por que agridem a natureza?
ORAÇÃO
É a frase que apresenta sujeito e predicado ou apenas predicado:
Nossa viagem será longa.
Choveu durante a noite.
PERÍODO
É um enunciado composto de uma ou mais orações. Pode ser simples (apenas uma oração) ou composto (mais de uma oração). De uma forma prática, cada oração é organizada em torno de um verbo:
Período simples:
O amor vence sempre.
Período composto:
O comandante garante que a tropa chegará a tempo.
Notem que, no simples, só existe um verbo ou locução verbal. Pode ser chamado também de oração absoluta. No composto, existem 2 ou mais verbos ou locuções verbais. No exemplo acima, temos a oração principal (O comandante garante) e a segunda oração, que, no caso, é subordinada (que a tropa chegará a tempo). Observem que cada oração tem seu verbo. Orações coordenadas e subordinadas fazem parte do período composto e serão estudadas em outros artigos deste blog.
TERMOS ESSENCIAIS
SUJEITO
É o ser do qual se diz alguma coisa. É constituído de um nome, pronome ou qualquer termo substantivado. O sujeito possui um núcleo que é o nome ou pronome e ao redor dele podem aparecer palavras secundárias como artigos e adjetivos:
Todos os ligeiros rumores da mata tinham uma voz para a selvagem filha do sertão.
Sujeito: Todos os ligeiros rumores da mata.
Núcleo do sujeito: rumores
O sujeito pode ser: simples ou composto
Simples
Um só núcleo do sujeito: O gato bebeu o leite.
Composto
Mais de um núcleo: Jairo e Mônica foram à escola juntos.
Expresso ou oculto
Expresso
Quando está explícito: Eu viajarei amanhã.
Oculto
Quando está implícito: Viajarei amanhã. (sujeito oculto: Eu, deduzido da desinência do verbo).
Agente, paciente ou agente e paciente.
Agente
Aquele que pratica a ação imposta pelo verbo:
O remorso atormenta o criminoso.
Paciente
Aquele que sofre a ação:
O criminoso é atormentado pelo remorso.
Agente e apaciente
Aquele que pratica e sofre a ação imposta por verbos reflexivos:
O vidraceiro feriu-se.
indeterminado
Quando não se indica o agente da ação verbal. Pode-se apresentar de três formas:
1) Usando-se o verbo na 3ª pessoa do plural:
Atropelaram uma senhora na esquina.
2) Usando-se o verbo na 3ª pessoa do singular acompanhado do pronome se, que neste caso
passa a ser índice de indeterminação do sujeito:
Aqui se vive bem.

3) Segundo Cegalla, usando-se o verbo no infinitivo impessoal: (Item controverso)
É triste assistir a estas cenas repulsivas.
Orações sem sujeito
São constituídas com verbos impessoais. O conteúdo verbal não é atribuído a nenhum ser:
Ventava muito durante o desfile.
São verbos impessoais:
1) Haver no sentido de existir, ocorrer, acontecer:
Havia quadros nas paredes.
2) Fazer, passar, ser e estar com referência ao tempo:
Faz muito calor naquela cidade.
3) Chover, ventar, nevar, gear, relampejar, amanhecer, anoitecer e outros que exprimem fenômenos meteorológicos:
Ontem choveu muito.
ATENÇÃO: Usados em sentido figurado, esse verbos têm sujeito.
Choveram pétalas sobre a imagem da santa.
PREDICADO
Há três tipos de predicado:
Nominal
Verbal
Verbo-nominal
PREDICADO NOMINAL
Seu núcleo é um nome (substantivo, adjetivo, pronome). É ligado ao sujeito por um verbo de ligação:
Nossas praias são lindíssimas.
Sujeito: Nossas praias
Núcleo do sujeito: praias
Predicado nominal: são lindíssimas
Verbo de ligação: são
Predicativo do sujeito: lindíssimas
ATENÇÃO: O predicativo do sujeito é uma qualidade ligada ao sujeito pelo verbo de ligação. São verbos de ligação: ser, estar, permanecer, ficar, parecer, etc.
PREDICADO VERBAL
Seu núcleo é um verbo seguido ou não de complemento ou termos acessórios. Classifica-se em:
Intransitivo
Transitivo direto
Transitivo indireto
Transitivo direto e indireto
Intransitivo
O verbo não precisa de complemento.
Carlos morreu.
Sujeito: Carlos
Predicado verbal: morreu (verbo intransitivo)
Transitivo direto
O verbo precisa de complemento que é ligado a ele de forma direta, ou seja, sem o auxílio de preposição. Este complemento chama-se objeto direto.
Comprei um novo aparelho.
Sujeito: Eu (oculto)
Predicado verbal: comprei um novo aparelho.
Verbo transitivo direto: comprei
Objeto direto: um novo aparelho.
Transitivo indireto
O verbo precisa de complemento que é ligado a ele de forma indireta, ou seja, com o auxílio de preposição. Este complemento chama-se objeto indireto.
Todos precisam de afeto.
Sujeito: Todos
Predicado verbal: precisam de afeto
Verbo transitivo indireto: precisam
Objeto indireto: de afeto
Transitivo direto e indireto
O verbo necessita dos dois complementos: o direto e o indireto.
A empresa fornece comida aos trabalhadores.
Sujeito: A empresa
Núcleo do sujeito: empresa
Predicado verbal: fornece comida aos trabalhadores
Verbo transitivo direto e indireto: fornece
Objeto direto: comida
Objeto indireto: aos trabalhadores

PREDICADO VERBO-NOMINAL
Tem dois núcleos significativos: um verbo e um nome. Formado por um verbo transitivo ou intransitivo e um predicativo do sujeito ou do objeto.
Isabel fez os doces nervosa.
Sujeito: Isabel
Predicado verbo-nominal: fez os doces nervosa
Verbo transitivo direto: fez
Objeto direto: os doces
Predicativo do sujeito: nervosa (...fez os doces e estava nervosa)
A ganância deixou pobre o avarento comerciante.
Sujeito: A ganância
Núcleo do sujeito: ganância
Predicado verbo-nominal: deixou pobre o avarento comerciante
Verbo transitivo direto: deixou
Objeto direto: o avarento comerciante
Predicativo do objeto: pobre
ATENÇÃO!! O predicativo do objeto é uma qualidade ligada ao objeto: O avarento comerciante está pobre.
PREDICATIVO
Há o predicativo do sujeito e do objeto.
PREDICATIVO DO SUJEITO
É o termo que exprime um atributo, qualidade, estado ou modo de ser do sujeito, ao qual se prende por um verbo de ligação, que está presente no predicado nominal e no verbo-nominal.
A casa era de vidro.
A vida tornou-se insuportável.
A ilha parecia um monstro.
O menino abriu a porta ansioso.
PREDICATIVO DO OBJETO
É o termo que se refere ao objeto de um verbo transitivo.
O juiz declarou o réu inocente.
Alguns chamam-no (de) impostor.
Os inimigos chamam-lhe (de) traidor.
A mãe viu-o desanimado.
TERMOS INTEGRANTES
OBJETO DIRETO
É o complemento de verbos transitivos diretos. Este complemento, normalmente, vem ligado ao verbo sem auxílio de preposição.
João comprou uma bola.
ATENÇÃO!! O objeto direto torna-se sujeito da voz passiva.
Uma bola foi comprada por João.
OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO
É o complemento de verbos transitivos diretos com o auxílio de preposição, geralmente a preposição a. Isso acontece principalmente:
1) quando o objeto direto é pronome pessoal tônico (obrigatoriamente preposicionado):
Deste modo, prejudicas a ti e a ela.
2) quando o objeto é pronome relativo quem (obrigatoriamente preposicionado):
Pedro Severiano tinha um filho a quem idolatrava.
3) Para evitar ambiguidades (obrigatoriamente preposicionado):
Convence, enfim, ao pai o filho amado.
4) Com os verbos que exprimem sentimentos, referindo-se a pessoas:
Judas traiu a Cristo.
Não amo a ninguém, Pedro.
OBJETO DIRETO PLEONÁSTICO
Quando se quer chamar atenção para o objeto direto que precede o verbo, costuma-se repeti-lo por meio do pronome oblíquo. A esse objeto repetido sob forma pronominal chama-se pleonástico, enfático ou redundante.
O dinheiro, Jaime os trazia escondido nas mangas da camisa.
OBJETO INDIRETO
É o complemento de verbos transitivos indiretos. Esse complemento vem ligado ao verbo por meio de preposição.
Os filhos precisam de carinho.
Assisti ao jogo.
OBJETO INDIRETO PLEONÁSTICO
À semelhança do objeto direto, o objeto indireto pode vir repetido ou reforçado por ênfase:
A mim ensinou-me tudo.
COMPLEMENTO NOMINAL
É o complemento de nomes (substantivos, adjetivos e advérbios) sempre regido de preposição, reclamado pela sua significação transitiva incompleta. Representa o recebedor, o paciente, o alvo da declaração expressa por um nome.
A defesa da pátria.
O respeito às leis.
ATENÇÃO!! COMPLEMENTO NOMINAL X OBJETO INDIRETO
A diferença entre o complemento nominal e o objeto indireto é que este complementa verbos e aquele complementa nomes.
AGENTE DA PASSIVA
É o complemento de um verbo na voz passiva. Representa o ser que pratica a ação expressa pelo verbo passivo. Geralmente, vem acompanhado pela preposição por:
Uma bola foi comprada por João. (João praticou a ação de comprar)
ATENÇÃO!! Na voz passiva pronominal ou sintética não se declara o agente:
Assobiavam-se as canções dele nas ruas.
TERMOS ACESSÓRIOS
ADJUNTO ADNOMINAL
É o termo de valor adjetivo que serve para especificar ou delimitar o significado de um substantivo. Pode ser expresso:
1) pelos adjetivos:
Na areia podemos fazer até castelos soberbos, onde abrigar o nosso íntimo sonho.
2) pelos artigos:
O ovo é a cruz que a galinha carrega na vida.
3) pelos pronomes adjetivos:
Vários vendedores de artesanato expunham suas mercadorias.
4) pelos numerais:
Casara-se havia duas semanas.
5) pelas locuções adjetivas:
Tinha uma memória de prodígio.
ATENÇÃO!! ADJUNTO ADNOMINAL X COMPLEMENTO NOMINAL
Não se deve confundir o adjunto adnominal formado por locução adjetiva e o complemento nominal. Este é o paciente da ação expressa por um nome transitivo. Aquele representa o agente da ação ou a origem, qualidade de alguém ou de alguma coisa.
Eleição do presidente. (Presidente é paciente da eleição, sofre a ação)
Discurso do presidente. (Presidente é agente do discurso, pratica a ação)
O complemento nominal vem ligado por preposição ao substantivo, ao adjetivo ou ao advérbio cujo sentido integra ou limita. Já o adjunto adnominal serve para especificar ou delimitar o significado de um substantivo.
ADJUNTO ADVERBIAL
É o termo que exprime uma circunstância (de tempo, lugar, modo, etc.) ou, em outras palavras, que modifica o sentido de um verbo, adjetivo ou advérbio. Pode vir representado:
1) por advérbio:
Aqui não passa ninguém.
2) por locução adverbial:
Lá embaixo aparece Jacarecanga sob o sol do meio-dia.
3) por oração adverbial:
Fechemos os olhos até que o sol comece a declinar.
APOSTO
É uma palavra ou expressão que explica ou esclarece, desenvolve ou resume outro termo da oração:
D. Pedro II, imperador do Brasil, foi um monarca sábio.
Casas e pastos, árvores e planatações, tudo foi destruído pela enchente.
Prezamos acima de tudo duas coisas: a vida e a liberdade.
Minha irmã Beatriz é linda.
ATENÇÃO!! O aposto não pode ser formado por adjetivos. Nestes casos, tem-se um predicativo.
Audaciosos, os dois surfistas atiraram-se às ondas. (Audaciosos = predicativo do sujeito)
VOCATIVO [do latim vocare = chamar]
É o termo usado para chamar alguém ou alguma coisa.
A ordem, meus amigos, é a base do governo.
Meu nobre perdigueiro, vem comigo!

ATENÇÃO!! O vocativo é um termo à parte. Não pertence à estrutura da oração, por isso não se anexa ao sujeito nem ao predicado.

Grupo: Evelyn, Larissa, Mariana Soares